Esculturas de luz

Um pequeno fio de luz que não se sabe de onde vem; lâmpadas que mudam suavemente de coloração; luminárias glamourosas espalhadas pela casa - a iluminação é mesmo fundamental para compor ambientes e criar um clima. Recentemente, arquitetos e decoradores incorporaram mais um item ao arsenal de recursos "luminosos" para a casa: o LED.

Abreviação de Light Emitting Diode, o LED foi desenvolvido em meados do século 20, quando tinha um papel coadjuvante em sinalizadores de eletrodomésticos e calculadoras. Seu uso para fins de iluminação só aconteceu em meados da década de 90, quando apareceram os LED de alto brilho. Hoje em dia, o LED é considerado uma opção ecologicamente correta, já que seu gasto de energia é infinitamente menor do que das lâmpadas tradicionais.

O arquiteto e light designer Abílio Fabri Abrahão explica que isso se dá devido a sua eletroluminescência, que é muito maior.

"A lâmpada de LED é mais potente e apresenta menor perda de eficiência energética, por isso gasta muito menos energia".

Segundo Abílio, o LED ainda tem mais tempo de vida útil, chegando até a 100 mil horas de trabalho. Isso é possível graças às minúsculas lâmpadas que compõem o feixe maior. Assim, quando uma dessas lampadazinhas queima, sua falta não é notada. A ressalva fica por conta do preço: o acessório ainda é muito caro. A tendência, porém, é que os preços caiam quando a demanda aumentar.

Fonte: Jornal de Santa Catarina

Consumo nacional de energia elétrica cresce 8,4% em dezembro

O consumo nacional de energia elétrica na rede apresentou em dezembro um forte crescimento de 8,4% sobre igual período de 2008. O montante demandado no país no último mês do ano passado totalizou 34,5 mil gigawatts-hora (GWh).

 

O consumo residencial e comercial foram destaque, registrando taxas respectivas de 11,7% e 13,4% ante o mesmo mês do ano retrasado. A região Sudeste foi a maior responsável por tais resultados, contribuindo com 6,9 e 8,8 pontos percentuais nas duas taxas globais.

 

A temperatura se constituiu no principal fator de estímulo ao consumo de energia elétrica nestes casos, pois, comparativamente a 2008, os valores registrados nos dois últimos meses de 2009 (o ciclo de faturamento inclui dias de novembro e dezembro) foram mais elevados nos quatro estados da região.

 

Consumo no Brasil em 2009 (consolidado) - O consumo nacional de energia elétrica na rede totalizou 388.204 GWh em 2009, indicando, ante 2008, decréscimo de 1,1%. Como ressaltado ao longo do ano, o mercado brasileiro de energia elétrica sofreu forte impacto da crise financeira internacional, porém seus efeitos se concentraram na classe industrial, como consequência da imediata e profunda retração da atividade deste segmento.

 

Já a demanda interna se manteve aquecida, muito por conta das medidas tomadas pelo governo para minimizar os efeitos da crise, entre elas a redução seletiva de impostos, a redução dos juros e a expansão do crédito. Assim, a despeito da crise, o consumo das classes residencial e comercial manteve patamar elevado de expansão em 2009.

 

Fonte: O Serrano

Dedo-duro do consumo

Leonardo Senna, da iHouse, de automação residencial, desenvolveu um aparelho que mede o consumo de energia de cada setor de uma residência. O usuário irá saber qual parte da casa consome mais energia. "Será o dedo-duro. Vai aparecer o vilão do consumo", diz o empresário.

O aparelho fica instalado no quadro de disjuntores da residência e pode monitorar o gasto em kWh ou em reais de ambientes ou equipamentos pré-determinados.

O uso do equipamento pode gerar economia em torno de 20%. "As pessoas pagam a conta de luz, mas não sabem o que gastou mais, se foi o ar-condicionado ou a geladeira. Não têm uma informação clara, precisa."

O aparelho foi concebido para atender os imóveis a partir de cem metros quadrados, considerados de médio padrão.

O primeiro contrato de venda do aparelho para construtoras deve ser fechado ainda neste mês.

Senna acredita que o equipamento será um diferencial de venda, pois atende à necessidade do mercado por produtos ecológicos, além de oferecer comodidade aos consumidores, que já irão comprar os apartamentos com o aparelho.

O mercado de construção terá crescimento sustentável, na opinião de Senna. "Não vejo bolha. A partir de agora, o setor vai ter volume, porém com estabilidade."

Fonte: Folha de São Paulo

Cemig oferece oportunidades de estágio

Interessados em fazer estágio em uma das maiores empresas de Minas Gerais podem, a partir do dia 1º de fevereiro, se inscrever para o Programa de Estágio da Cemig. Ao todo, são 454 vagas distribuídas em 23 cidades mineiras, sendo 220 para nível superior e 234 para nível técnico.

 

As inscrições vão até 17 de fevereiro e podem ser feitas pelo endereço eletrônico do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) www.fiemg.com.br/iel.

 

O estágio está previsto para começar na segunda quinzena de março, com duração de dez meses e carga horária de quatro horas por dia. Os estagiários selecionados receberão bolsa de complementação escolar e terão direito a seguro de acidentes pessoais e vale-transporte.

 

No ano passado, 462 novos estagiários integraram o Programa de Estágio da Cemig, atuando em diferentes áreas da Empresa. O Sistema Fiemg, por meio do IEL, assessora a Empresa na seleção dos estudantes.

 

Provas

 

As provas de seleção, de conhecimentos gerais e atualidades, assim como as inscrições, serão realizadas pela internet. Os inscritos receberão, via e-mail, a data para a realização da prova, assim como outras informações necessárias.

 

Os três primeiros candidatos selecionados pelo exame online estarão aprovados para a entrevista na Empresa. Na data da contratação, os estagiários deverão apresentar a declaração da escola constando a frequência, o período em curso e a previsão de formatura.

 

Especificações

 

Para se inscrever, o candidato de nível superior deve estar matriculado e freqüente nos 4 últimos períodos do curso, ou seja, no penúltimo ou no último ano. Para estágio de nível médio técnico, o candidato deverá estar no último ano do curso ou, então, ter concluído o curso e necessitar do estágio para obtenção do certificado de conclusão.

 

Somente serão aceitas inscrições de estudantes dos cursos reconhecidos pelo MEC, conforme consta no site www.educacaosuperior.inep.gov.br. Inscrições de estudantes que já tenham cumprido estágio do mesmo curso na Cemig não serão aceitas.

 

Fonte: CEMIG

 

Copel Telecom implantará PLC para 300 usuários

Copel Telecom implantará PLC para 300 usuários

A distribuidora de energia do Paraná - Copel Telecom pretende instalar até o meio do ano a tecnologia Power Line Communication (PLC, na sigla em inglês) - que converte a fiação de energia elétrica em meio físico para conexão com sistemas de comunicações e telecomunicações em banda larga – em 300 estabelecimentos residenciais, corporativos e órgãos públicos em 15 áreas da cidade de Santo Antônio da Platina (PR), com a finalidade de obter uma avaliação precisa sobre o atual estado da tecnologia e obter conhecimento sobre sua implantação e seu emprego para uso comercial de oferta de serviços.

Os testes tiveram início em meados de 2009 e já abrangem 103 estabelecimentos de segmentos variados – residenciais, comerciais, industriais -, os quais podem acessar a rede em velocidades que variam de 5Mb a 20Mb, com serviços de imagem, voz e dados.

Segundo o engenheiro eletricista e eletrônico, gerente de comercialização de serviços e coordenador do empreendimento PLC da Copel Telecom, Orlando César de Oliveira, o empreendimento compreende três fases. A primeira remete a testes de absorção tecnológica e ao know-how, isto é, a coleta de conhecimentos sobre a engenharia de implantação da tecnologia.

A segunda diz respeito ao serviço de operação e oferta comercial, que deve abranger um pequeno grupo de três a 10 mil usuários, e ser decidida entre janeiro e fevereiro. “Se houver uma decisão de ir para a segunda fase, a previsão do início da comercialização é para o segundo semestre”, estima.

Já a terceira fase consiste na decisão da implantação massiva do PLC no Estado, que deve ser baseado no consumo sob demanda. “Uma implantação massiva requer investimentos da ordem de US$400 por usuário, sendo que se houver um milhão de usuários, o investimento passa para US$400 milhões”, calcula Oliveira.

Vantagens e desvantagens

Como benefício, a tecnologia PLC dispensa a instalação de qualquer cabo, funcionando na rede existente em todas as tomadas dos ambientes, podendo ter maior velocidade de comunicação que hoje pode levar internet banda larga para as residências e empresas.

“Hoje, é possível provar que a tecnologia funciona, é boa, pode ser utilizada para se ter o acesso e é mais abrangente, que as convencionais”, comenta Oliveira. Outra vantagem é que o PLC ainda pode ajudar na monitoração e controle da rede elétrica de energia e também na medição e controle do serviço de energia elétrica de seus consumidores.

Em contrapartida, a principal dificuldade com a tecnologia é que, como a rede elétrica não é uniforme, cada residência tem um padrão de instalação, com circuitos eletrônicos diferentes, o que exige adaptação das instalações.

Fonte:  www.portallumiere.com.br -  Luciana Freitas

RGE dá dicas de consumo consciente de energia durante o verão

 

Brasil - Calor e férias escolares formam uma combinação propícia para perder o controle com os gastos de energia elétrica. É o período no qual as crianças ficam em casa, assistem mais à televisão, usam computadores, jogos eletrônicos - quase sempre com ventilador ou ar-condicionado ligado - e o abre-e-fecha na porta da geladeira não para. Para não sofrer surpresas com o valor da conta de luz no mês seguinte, é preciso usar a energia elétrica de maneira consciente.

 

As dicas a seguir são úteis para reduzir o consumo de energia no ano inteiro, e não só no verão. No Portal Eficiência Energética da RGE é possível encontrar mais informações sobre consumo consciente de energia elétrica. O site oferece ainda informações sobre o Programa de Eficiência Energética (PEE) da RGE (requisitos, como solicitar a inclusão no Programa, projetos já realizados, objetivos e vantagens), sobre consumo de energia (como fazer a leitura da sua conta de luz, simulador de consumo e onde pagar a sua fatura), e dicas úteis de como utilizar e economizar a energia elétrica de forma consciente.

 

Dicas de redução de consumo de energia no verão:

 

- Nos dias quentes, colocar o chuveiro na posição "verão" (o consumo será cerca de 30% menor), limpar periodicamente os orifícios de saída de água do chuveiro, tomar banhos mais rápidos e desligar a torneira ao se ensaboar e nunca reaproveitar uma resistência queimada. Isso provoca o aumento do consumo e coloca em risco a segurança do usuário;

 

- Apagar a luz ao sair de um ambiente;

 

- Não dormir com a televisão ligada;

 

- Nos banheiros, cozinhas, lavanderia e garagem, instalar lâmpadas fluorescentes compactas. Elas iluminam melhor, duram mais e gastam menos energia (uma lâmpada fluorescente de 15 a 40 Watts ilumina tanto quanto uma incandescente de 60 Watts. Se, para iluminar uma cozinha, utiliza-se uma lâmpada incandescente de 100 Watts, ao substituí-la por uma fluorescente de 32 Watts, a economia será de 1/3 e a durabilidade será de 5 a 10 vezes maior);

 

- Não usar benjamins (peça para ligar vários aparelhos a uma só tomada);

 

- O ferro elétrico tem regulagem de temperatura, o que pode torná-lo mais econômico. Acumule a maior quantidade possível de roupas e passe todas de uma só vez. Comece pelos tecidos que exigem temperaturas mais baixas e, sempre que interromper o serviço, desligue o aparelho;

 

- Nas máquinas de lavar e nos tanquinhos, utilize a quantidade de sabão recomendada pelo fabricante.

 

Consumo com ar condicionado pode chegar a 1/3 da conta de energia

 

Para quem possui aparelhos de ar-condicionado em casa, ou no trabalho, é importante ficar atento. Os custos para manter a temperatura mais agradável podem chegar a 30% do valor da conta. Para minimizar os gastos com a refrigeração do ambiente, a RGE recomenda alguns cuidados que podem fazer diferença.

 

Na hora de escolher o modelo do equipamento, dar preferência aos condicionadores de ar que possuem o selo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL): eles consomem de 12% a 26% menos energia. É importante também fazer a manutenção periódica do eletrodoméstico, realizando a limpeza do filtro de ar. E, finalmente, o hábito de desligar o aparelho sempre que estiverem ausentes do ambiente refrigerado também contribui para reduzir o consumo.

 

Cozinha, a campeã de aparelhos elétricos

 

A cozinha é um dos locais onde se concentram mais eletrodomésticos em uma residência. Pode ter geladeira, freezer, forno de microondas, lavadora de louças, tevê, forno elétrico, torradeira, liquidificador, cafeteira, mix, espremedor de frutas, sem contar a iluminação que precisa ser reforçada para se visualizar melhor os alimentos. Dentre os aparelhos, a geladeira é o que mais consome energia, ficando na segunda posição com relação à residência toda, contribuindo com 25% a 30% do valor da conta de luz.

 

A geladeira é mais eficiente quando usa menos energia para exercer sua função, característica diretamente ligada ao nível tecnológico empregado no produto. Uma geladeira ultrapassada, com cerca de quinze anos, consome em média 70 kWh/mês, enquanto geladeiras modernas chegam a utilizar apenas 30 kwh/mês (uma diferença de 40 kWh/mês).

 

A RGE orienta para adoção de alguns cuidados que podem diminuir o consumo de energia na cozinha: Verificar a existência do selo de eficiência  INMETRO/PROCEL na hora de comprar geladeiras e outros eletrodomésticos é o primeiro passo. "Os que levam a letra 'A' são os mais econômicos e eficientes do ponto de vista energético e ambiental. Esses equipamentos muitas vezes são mais caros, mas a economia mensal que eles proporcionam pode retornar a diferença de preços em pouco tempo", diz o gerente da RGE.

 

Geladeira

 

Nunca use a parte traseira para secar panos ou roupas, hábito comum no inverno. Instale a geladeira longe do fogão, estufas e raios solares. Também é importante manter as borrachas de vedação em bom estado.

 

- Abra a porta da geladeira apenas quando tiver decidido sobre qual alimento você esta buscando evitando assim que a porta fique muito tempo aberta e o ar gelado saia.

 

- O degelo também é importante. Não deixe o gelo atingir a espessura de 0,5cm, pois isso aumenta o consumo de energia. Mantenha os aparelhos distantes da parede, possibilitando circulação de ar e nunca utilize a traseira do refrigerador para secar panos e roupas. Isso eleva o consumo de energia.

 

Outras dicas:

 

- Reduza o consumo de energia principalmente nos horários de pico, entre às 18h e às 21h. Isso porque estão funcionando ao mesmo tempo, além das fábricas, a iluminação pública, a iluminação residencial, vários eletrodomésticos e a maioria dos chuveiros.

 

- Durante a vigência do Horário de Verão, aproveite a iluminação natural, deixando janelas, cortinas e persianas abertas;

 

- Dê preferência às lâmpadas fluorescentes, pois duram mais e gastam menos. Apague sempre a luz nos ambientes desocupados;

 

- Na hora de adquirir equipamentos verifique se possuem o selo do Procel, uma espécie de certificação que indica ao consumidor os produtos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética.

 

- Equipamentos como TVs, DVDs, CD players e microondas devem ser desconectados da tomada quando não estão em uso. Além de economizar energia, a medida é importante para evitar danos caso ocorram apagões. Lembre também que aparelhos desligados apenas pelo controle remoto ficam em stand by, consumindo energia. Desligue na tecla power (liga/desliga) do próprio aparelho.

 

Alguns mitos sobre o consumo de energia

 

- Lâmpadas fluorescentes prejudicam a visão:

Não existe nenhum estudo que comprove essa tese.

 

- Aparelhos ligados em 220 volts gastam mais energia que os ligados em 127 volts:

Não. O consumo de energia depende da potência do aparelho e do tempo de sua utilização e não da tensão.

 

- Colocar um vidro com água em cima do relógio diminui o consumo de energia ou o valor da conta:

Não. Essa crença não tem nenhuma base científica.

 

- Desligar a luz toda vez que saio de um ambiente aumenta o consumo de energia:

Errado. Ao contrário do que se pensa esse procedimento não consome mais energia. Estudos mostram que apesar da corrente de partida do equipamento ser mais alta que a corrente nominal ela permanece por um tempo muito curto não gerando consumo mensurável neste período.

 

Fonte: PROCEL INFO

Desperdício de energia chega a R$ 16 bi por ano

Brasil - Nos últimos 10 anos, o consumidor brasileiro desembolsou quase R$ 5 bilhões na conta de luz para bancar projetos de eficiência energética e de soluções para melhorar a operação do sistema elétrico nacional. Até agora, no entanto, os resultados são questionáveis. O país continua desperdiçando cerca de R$ 16 bilhões por ano de energia elétrica, equivalente ao investimento total para a construção da Hidrelétrica de Belo Monte (PA). Além disso, nos últimos anos, a qualidade da energia entregue aos consumidores tem piorado consideravelmente em algumas distribuidoras.

Dos R$ 16 bilhões de eletricidade desperdiçada, R$ 7,3 bilhões referem-se a furtos, fraudes e erros de medição. Só nesse caso, a quantidade de energia perdida, de 23 mil MWh, poderia abastecer por um ano 19 milhões de residências com consumo médio de 100 kWh/mês. Os outros R$ 8,7 bilhões referem-se a perdas ocorridas durante a transmissão da energia, da usina até o consumidor final.

A redução desses prejuízos, que também oneram o bolso dos brasileiros, foi um dos principais motivos da lei criada pelo governo federal, em 2000, que tornou obrigatório o investimento de 1% da receita líquida em P&D e eficiência energética. Parte desse dinheiro vai para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do Ministério de Ciências e Tecnologia.

Outra parcela fica no Ministério de Minas e Energia e banca, entre outras coisas, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que produz os estudos de novas usinas para o país. O restante fica nas empresas (distribuidoras, geradoras ou transmissoras), para a elaboração de projetos de pesquisa e inovação. Só em P&D, as companhias desenvolveram 4.521 projetos até o ano passado.

O grande problema é que todo esse volume de projetos não tem se traduzido, na maioria dos casos, em melhoria para a população que usa o serviço público. Segundo especialistas, o dinheiro tem sido mal usado em muitas companhias por falta de uma política adequada. Prova disso é que as empresas não conseguem gastar todo o dinheiro destinado à pesquisa.

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do total reservado para investimentos em P&D e eficiência energética, entre 2000 e outubro deste ano, R$ 1,92 bilhão (sem correção dos juros) ainda não havia sido gasto pelas empresas. Isso representa 42% do volume total "recolhido" desde 1998.

"De fato, as empresas têm dificuldade para gastar todo o dinheiro, pois não são especializadas em pesquisas. Sua atividade é gerar, transmitir e distribuir energia", observa o diretor da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Edson Carneiro. Segundo o executivo, não basta ter um projeto de qualidade. Ele também precisa se encaixar na receita determinada.

O engenheiro Marcus Vinicius do Nascimento, diretor de uma empresa de transmissão, admite que há dificuldade para fazer a prospecção de programas de inovação. "Estava num ponto de deixar minha atividade de lado para procurar projetos de P&D. Por isso, decidimos contratar uma consultoria para fazer esse trabalho para a gente", diz ele, destacando que a legislação ficará mais rígida a partir do ano que vem.

Antes, completa o engenheiro, era possível deixar o dinheiro provisionado na conta de P&D enquanto não se encontrava um projeto. Agora, a Aneel não permitirá que esse valor supere duas vezes a receita de um ano. "Vemos de tudo no setor, programas bons e medíocres", completa Carneiro, que reivindica um novo modelo para aplicar o dinheiro.

Questionamento

O fato é que depois de 10 anos, desde a privatização, muita gente começa a questionar o resultado dos programas realizados até agora. O professor da Unicamp, Gilberto Jannuzzi, acompanhou por alguns anos os projetos.

Segundo ele, normalmente as empresas tendem a apostar em programas que servem a seus interesses, agregam valor à concessão, mas não deixam claro qual o benefício para o consumidor. "É ótimo que uma empresa desenvolva tecnologias para o carro elétrico. Mas, lá na frente, ela vai patentear isso no nome dela. E aí não fica claro qual será o retorno para o consumidor que financiou isso."

Na opinião dele, a ideia de destinar uma parte do dinheiro das empresas para pesquisa e desenvolvimento é "fenomenal". "Mas as estruturas são frágeis, cheias de buracos. Já era tempo de ver algum resultado de todos esses projetos", avalia Jannuzzi. Outro problema é o fato de várias empresas pesquisarem a mesma coisa, mas com rumos diferentes. "Isso não leva a nada. Ninguém ganha."

O professor da Unicamp destaca ainda que seis ou sete companhias no Brasil têm um orçamento que impressiona e que permite a elaboração de um bom programa. "As demais 64 concessionárias ficam com um monte de dinheiro picadinho, que não dá pra fazer um grande projeto. Se juntasse todos esses recursos seria possível investir em problemas-chave do setor."

Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), José Starosta, a busca pela eficiência tem de continuar, pois o desperdício é enorme. "Se não fosse esse dinheiro, estaríamos bem pior", diz.

Fonte: Procel Info / Porto Gente

O LED está em todas

Monitores ultrafinos devem reluzir nas prateleiras da Consumer Eletronics Show (CES), uma das mais significativas feiras tecnológicas do mundo, em Las Vegas (EUA). A estrela por trás da corrida pelo monitor mais fino do mundo se chama LED. A LG já anunciou uma tela de 42 polegadas, com apenas 2,6 mm de espessura. A peça tem resolução de 1.080 pixels e pesa 3,6 kg. Mas a capacidade de gerar displays incrivelmente finos não é a única grande sacada dos diodos emissores de luzes.

É uma tecnologia que emite menos carbono, dispensa metais pesados como o mercúrio e o chumbo, utiliza componentes recicláveis e consome menos energia. Se sustentabilidade deve se firmar como palavra de ordem a partir da década que começa, os LEDs têm tudo para, como dizem alguns, nadar de braçada. Os pequenos LEDs já apresentam usos diversificados e sua adoção em larga escala, garantem os defensores, pode demorar menos do que supomos.

Vale um passeio em qualquer loja de eletrônicos. É bem provável que a nitidez e contraste das TVs de LED chamem sua atenção imediatamente. Isso para não falar da espessura assustadoramente fina dos aparelhos. E aí é bom estar atento. Por enquanto, duas desenvolvedoras já colocaram produtos do tipo nas prateleiras - a Samsung e a LG.

Na prática, o contraste fenomenal dos novos aparelhos é possível porque eles funcionam como uma TV de plasma (conhecidas por aquela qualidade), porém utilizam uma tela de cristal líquido. Acontece que as TVs de LCD trabalham com uma única fonte luminosa - por isso o preto absoluto é tão difícil de conseguir. Em contrapartida, os aparelhos de plasma têm fontes individuais de iluminação, microcélulas que reagem aos estímulos elétricos. Nas LED TVS, também chamadas de LCD de LED, o que há é o mesmo esquema do plasma, mas a iluminação é feita com LEDs, incidindo no cristal. Assim, tempo de resposta e contraste (o melhor de cada uma das tecnologias anteriores) coexistem apenas, por enquanto, nos novos aparelhos de LED.

O modelo com preço menos exorbitante encontrado no mercado é o aparelho de 40 polegadas da Samsung, que sai até por R$ 6 mil. Todos eles são Full HD, o que significa que estão prontos para o máximo de qualidade de imagens digitais - o que vale para a TV Digital, para o Blu-Ray e para os vídeos em alta definição baixados da internet. Alguns aparelhos se conectam ao YouTube, a maioria tem entrada USB, permitindo a conexão de pendrives para tocar vídeos nos mais variados formatos. Também é possível, no caso da LG, por exemplo, espetar um HD externo e gravar a programação, um recurso realmente bacana.

As outras desenvolvedoras fazem mistério com relação aos lançamentos de modelos do tipo por aqui. No mercado internacional, a popularização caminha no mesmo ritmo. A Sony até lançou alguns modelos no mercado brasileiro no último ano, mas, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa, as TVs saíram de comercialização, por conta do comportamento pouco receptivo do mercado na ocasião. "Diante das tecnologias existentes, os LEDs estão bem à frente, em termos de qualidade. As TVs economizam até 40% de energia, essa também é uma grande vantagem", diz Rafael Cintra, da Samsung.

Energia solar - A iluminação pública é a próxima fronteira. Enquanto grandes painéis luminosos de cidades como Tóquio (Japão) e Nova York (EUA) já entenderam que os LEDs são a melhor opção, por aqui, essa história ainda está em fase de testes, de acordo com Roberto Mallard, diretor da Revolight, empresa de Belo Horizonte (MG) que produz luminárias de LED. Segundo Mallard, a Cemig já realiza testes com algumas das lâmpadas que podem ser usadas em postes. Na iluminação pública, a economia poderia chegar e 60% do que é gasto atualmente. "Em casa, a substituição das lâmpadas pode economizar até 90%." As lâmpadas de LED estão à venda, em lojas especializadas, por cerca de R$ 50.

Além de durarem mais (e todas as outras qualidades técnicas ecologicamente corretas), as lâmpadas de LED são afeitas à energia solar, como explica Mallard: "Temos um poste funcionando com energia solar. É adequado por conta do baixo consumo de energia. O painel solar é muito caro; se colocarmos uma lâmpada de alto consumo, mais painéis se fariam necessários".

E o OLED?

Basta uma vogal na frente para mudar quase tudo. Os Oleds são LEDs orgânicos, baseados em carbono. O material emite luz própria. Como não precisa de filtros para mudar as cores (como displays de cristal líquido, indispensáveis a seu parceiro não orgânico), seria mais eficiente, fácil de fazer e mais fino. Assim, se presta a experiências como as do papel digital. Criada nos anos 1980 pela Kodak, a tecnologia ainda desperta desconfiança quanto à durabilidade da luminosidade.

Como funciona

O componente mais importante de um LED é o chip semicondutor responsável pela geração de luz. É ali que ocorre o movimento dos elétrons que dará origem à luz. Com dimensões muito reduzidas, se ajustam facilmente em circuitos elétricos. Diferentemente de lâmpadas incandescentes comuns, não têm filamentos que se queimam e não ficam muito quentes.

Estudantes criam aparelho que mede consumo de energia elétrica

Alunos de engenharia elétrica do Instituto Nacional de Tecnologia (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí, desenvolveram um aparelho que mede o consumo de energia elétrica. O relógio digital monitora em tempo real o quanto foi gasto e também mostra o valor consumido em dinheiro.

 

O medidor de energia inteligente pode ser usado em toda a casa, em apenas um dos cômodos ou medir o consumo de um único aparelho, como o chuveiro. O equipamento também é capaz de programar uma meta de economia. “Basta apenas configurar o valor desejado no mês e quando chegar a 70% do escolhido uma luz vermelha vai acender indicando que a pessoa precisa economizar”, diz o estudante Denio Ferreira Vilela de Lima, um dos estudantes que desenvolveu o aparelho.

 

Por enquanto, o medidor ainda passa por testes. Os inventores querem diminuir o tamanho do aparelho e o custo, que hoje gira em torno de R$ 200. Uma empresa de Santa Rita do Sapucaí deve comercializar o produto a partir de abril do ano que vem. O aparelho vai ser vendido para o consumidor por um preço que deve ficar entre R$ 120 e R$ 150.

 

Fonte: EPTV

CELPE - Companhia Energética de Pernanbuco

A empresa nasceu em 10 de fevereiro de 1965 como Companhia de Eletricidade de Pernambuco - CELPE.  Foi criada a partir da fusão do Grupo Pernambuco Tramways e o Governo do Estado, com as funções desempenhadas pelo Departamento de Águas e Energia (DAE). O maior desafio da nova Companhia foi o de ampliar a distribuição de energia elétrica, investir na melhoria dos serviços e dotar Pernambuco de uma rede de abastecimento elétrico referência no Nordeste.

 

Em pouco tempo, a CELPE já se firmava como uma das grandes empresas do estado e até os dias de hoje é um dos maiores patrimônios dos pernambucanos, tanto pelo celeiro técnico que passou a desenvolver no ramo da engenharia elétrica como pelo alcance social de suas atividades. Ter luz elétrica em casa não era apenas sinônimo de status, mas também de cidadania.

 

Os investimentos  aumentaram a velocidade dos programas de eletrificação rural e urbana, o  que rapidamente levou Pernambuco a ser o estado mais eletrificado do Nordeste. Diante desse cenário, a empresa se tornou um dos carros-chefes do desenvolvimento, gerando empregos diretos e indiretos, e sendo ainda responsável, a partir de 1988, pela geração e distribuição da energia termelétrica no Arquipélago de Fernando de Noronha.

 

Ao final da década de 90, já sob o modelo de privatização das estatais do setor elétrico, o Governo do Estado, que desde o final dos anos 80 já ensaiava vender parte das ações da Companhia,  colocou 100% do controle governamental à venda. Em 17 de fevereiro de 2000, a empresa foi adquirida em leilão, realizado na sede da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e sob a coordenação do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), pelo valor de R$ 1,9 bilhão. O grupo que comprou a empresa foi o consórcio formado pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), pela carteira de investimentos do Banco do Brasil (BB S.A) e pelo Grupo Iberdrola, um gigante da energia na Espanha.

 

Desde que foi privatizada, a empresa já repassou ao tesouro estadual mais que o dobro do seu valor de compra e se transformou no maior arrecadador de ICMS para o Estado. A Celpe acredita contribuir efetivamente para o desenvolvimento de Pernambuco.

 

Fonte: http://www.celpe.com.br/

 

Eficiência energética ganhará curso à distância

Procel GEM finaliza método para disseminar conhecimento sobre tema de forma prática e interativa pela internet

 

 

Conscientizar a população sobre como praticar a eficiência energética é uma tarefa difícil de ser executada, sobretudo quando esse conhecimento encontra restrições orçamentárias e logísticas para chegar a locais mais afastados. Já em fase de finalização, um curso à distância desenvolvido pelo Núcleo de Gestão Energética Municipal do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica ((Procel GEM) pretende levar conhecimento sobre o assunto à população em geral, permitindo que essas pessoas apliquem o que aprenderam em seu dia a dia, reduzindo o desperdício no uso da energia elétrica.

 

"Cada um faz seu tempo. Isso é uma coisa legal no curso. É possível começar e parar onde quiser. Não há tempo definido para acessar cada informação. Cada aluno faz no ritmo que for mais confortável e conveniente para si mesmo", explica o arquiteto David Veiga Miranda, coordenador do Procel GEM. A expectativa é que o curso seja disponibilizado ao público ainda em dezembro.

 

Ao todo, serão oferecidos quatro módulos: "Se ligue!", "Pura Energia", "Atitude Eficiente" e "Avaliação". O primeiro explica o que é o Procel e apresenta o que é energia e eficiência energética. O segundo módulo fala sobre as tecnologias e equipamentos disponíveis no mercado. O terceiro apresenta os hábitos que as pessoas devem adotar para reduzir os desperdícios. A etapa final do curso consiste numa análise do aprendizado.

 

Miranda revelou que inicialmente o público-alvo seria apenas formado por colaboradores do Sistema Eletrobrás. No entanto, o potencial que o curso pode alcançar fez com que ele fosse estendido à população. Segundo o coordenador do Procel GEM, o projeto trabalhará com recursos interativos como animações, gráficos e simuladores. "Testamos inclusive com pessoas pouco habituadas ao uso de computadores e tivemos ótimas avaliações", contou.

 

O curso online de eficiência energética foi uma iniciativa do Procel e contou com apoio da Universidade Corporativa do Sistema Eletrobrás (Unise). A entidade, segundo Miranda, colaborou no desenvolvimento do projeto por meio do expertise na área didática. Ele destacou que o Procel tem interesse em levar esse produto para professores de todos os níveis de ensino, com objetivo de disseminar conhecimento sobre o tema. "O curso pode ser utilizado como uma ferramenta de ensino desses conceitos para os alunos, o que sempre gera um efeito de multiplicação bastante interessante", disse.

 

Entre as vantagens do projeto, segundo Miranda, é que ele pode ser adquirido gratuitamente na internet por qualquer pessoa e cursado de acordo com o tempo disponível. Além de expandir conceitos sobre eficiência energética e, consequentemente, reduzir o consumo de energia elétrica, o curso pretende divulgar a importância do Procel como fomentador de ações e práticas nessa área. "É um material muito interativo e, ao mesmo tempo, muito intuitivo. Buscamos uma forma de minimizar as dificuldades. Durante o curso, basta passar as telas ou, se preferir, ir direto ao assunto de interesse", explicou.

 

O conteúdo do curso abrange o conhecimento básico sobre energia elétrica e eficiência energética e como utilizar equipamentos que reduzem o consumo de energia. "Falamos sobre equipamentos eficientes e hábitos, que são exatamente as duas formas possíveis de reduzir o consumo. Os equipamentos nos permitem usar a energia elétrica de forma eficiente, nos aproveitando dos avanços tecnológicos, e os hábitos diminuem os desperdícios, que acontecem quando usamos a energia sem necessidade", ressaltou o coordenador do Procel GEM.

 

O Procel GEM atua com o objetivo de colaborar na gestão municipal do uso eficiente da energia elétrica nos centros consumidores pertencentes à prefeitura, além de identificar oportunidades de economia e geração de energia. O programa visa a redução dos desperdícios. A GEM pode ser implementada no município por meio de metodologias e produtos desenvolvidos para atender aos municípios segundo suas particularidades e carências.

 

Fonte: Danilo Oliveira, para o Procel Info