O Que é Eficiência Energética?

A eficiência energética consiste em obter o melhor desempenho na produção de um serviço com o menor gasto de energia. Como exemplo de ação, está a modernização de equipamentos e processos no sentido de reduzirem seu consumo. Os programas voltados para o consumo consciente também contribuem para a economia.

Boa parte da energia é empregada nos produtos que usamos, especialmente os feitos de materiais como papel, alumínio, vidro e aço. Portanto, ações de reuso e reciclagem também economizam energia. Da mesma forma, a energia é utilizada no bombeamento da água, que, se poupada, diminui o consumo energético.

Para incentivar a eliminação de desperdícios, assim como reduzir os custos e os investimentos setoriais, foi criado em 1985 o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Eletrobras Procel). Dentro desta iniciativa do governo federal, foi elaborado o Selo Procel Eletrobras, que orienta o consumidor na compra de produtos, sinalizando aqueles com melhores níveis de eficiência energética. Também estimula o desenvolvimento tecnológico de produtos mais eficientes e, como consequência, a preservação ambiental.

Os contratos de concessão firmados pelas empresas concessionárias do serviço público de distribuição de energia elétrica com a ANEEL estabelecem obrigações e encargos perante o poder concedente. Uma dessas obrigações consiste em aplicar anualmente o montante de, no mínimo, 0,5% de sua receita operacional líquida em ações que tenham por objetivo o combate ao desperdício de energia elétrica, o que consiste no Programa de Eficiência Energética das Empresas de Distribuição - PEE.

As diretrizes para elaboração dos Programas são aquelas definidas na Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, bem como aquelas contidas nas resoluções da ANEEL específicas para eficiência energética.

Fonte: Consern

Lâmpadas fluorescentes compactas foras da Portaria nº 489/2010 do Inmetro, deixaram de ser comercializadas em Julho de 2013

Com o objetivo em obter o máximo de desempenho e o mínimo de consumo de eletricidade, para soluções mais eficientes e que sejam ambientalmente corretas, há um esforço para que os materiais comercializados no País obtenham um nível de qualidade e segurança cada vez melhor. Prova disso são os Programas e Portarias existentes hoje no Brasil, cujo propósito é avaliar a conformidade dos produtos encontrados nas prateleiras das lojas.

A portaria nº 489 publicada pelo Inmetro, objetivou principalmente elevar a eficiência energética e segurança elétrica das lâmpadas fluorescentes compactas com reator integrado à base. Estabeleceu-se que a partir do dia 1º de Julho de 2013, essas lâmpadas deveriam ser distribuídas somente em conformidade com os requisitos ora aprovados pela publicação.

A previsão é que até junho de 2016, as lâmpadas incandescentes que não atingirem as condições estabelecidas sejam totalmente banidas do mercado. Isto aconteceu na Argentina, Japão e Cuba por exemplo.

O gerente da divisão de estudos e equipamentos eficientes da Eletrobras, Rafael Meirelles David acredita que a proibição das lâmpadas incandescentes proporcione diversos benefícios ao mercado de iluminação nacional. “O banimento desse tipo de lâmpada é uma tendência mundial, pois a cada dia, a preocupação com eficiência energética se torna mais relevante”.

Clique no link abaixo e leia a reportagem na íntegra.

 

Revista_Limiere_Eletric_Julho_2013.pdf

Setor de iluminação LED ganha espaço no mercado brasileiro

O setor de iluminação LED ganha cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Atualmente, o segmento comercial é o que mais se interessa pela economia gerada por esta tecnologia.

O produto sempre foi importado, mas o Brasil começa a dar os primeiros passos na fabricação de lâmpadas LED. Uma empresa localizada em São Paulo desenvolve produtos de LED para iluminação. São lâmpadas, fitas e luminárias de vários modelos usadas no comércio, indústria e setor público. O empresário Roberto Cardoso começou o negócio em 2008.

“A tecnologia está invadindo o mercado brasileiro, invadindo o mundo inteiro. É uma tendência natural à medida que, desde o início, o homem procura iluminar com pouco gasto de energia”, diz o empresário Roberto Cardoso.

No setor de engenharia da empresa são feitos os projetos de iluminação como o poste para vias públicas. Depois que os projetos são criados no computador, eles seguem para a linha de produção. A fabricação das luminárias é feita em Minas Gerais e os produtos são entregues prontos em São Paulo para serem testados.

Economia

Segundo Roberto, mesmo com uma potência dez vezes menor, a lâmpada de LED tem uma intensidade de luz muito semelhante ao da lâmpada comum com a vantagem de que não esquenta. Em uma lâmpada incandescente, a temperatura do vidro chega a 200° C, já na lâmpada com LED a temperatura chega a 40° C, 45° C.

Outra vantagem é que a lâmpada de LED é mais econômica. Se compararmos a uma lâmpada incandescente, o gasto de energia é reduzido entre 70% e 80%. Além disso, ela é 50 vezes mais durável.

Investir nesta tecnologia, no entanto, tem um preço mais alto: uma lâmpada de LED custa cerca de R$ 70. “Nesse mercado, custo é sinônimo de qualidade. Comprem de fabricantes estabelecidos de mercado nacional que normalmente dão 3 anos de garantia no seu produto ou importadores de nome e confiáveis”, diz Roberto Cardoso.

Os benefícios do LED já têm atraído muitos consumidores e feito o comércio investir cada vez mais neste tipo de produto. As lojas do setor exibem a tecnologia como chamariz.

Em São Paulo, este tipo de iluminação está nos semáforos e nos túneis da capital. O segmento deverá ganhar mais fôlego já que uma portaria do governo federal define que as lâmpadas de LED e fluorescentes deverão substituir no mercado as tradicionais lâmpadas incandescentes, de luz amarela. A mudança será gradativa até 2017 e os prazos serão definidos de acordo com a potência das lâmpadas.

Para o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), Marco Poli, o país só tem a ganhar com a decisão. “Já temos uma efetividade na área comercial porque muitas empresas que cuidam de manutenção de shopping center, supermercado, solicitaram para que fossem feitas adaptações e aplicaram a tecnologia led, e isso é uma realidade”, diz Poli.

Projetos de iluminação

As arquitetas Flávia, Luciana e Camila apostaram neste segmento e montaram, no ano passado, uma empresa para desenvolver projetos de iluminação. Elas alugaram um espaço em um escritório compartilhado, em São Paulo, e investiram R$ 5 mil para estruturar o negócio.

A empresa faz projetos para clientes residenciais e corporativos, e as construtoras são o principal nicho de mercado das empresárias. “As pessoas estão tendo mais consciência do quanto a iluminação é importante, não só na vida de escritório, na vida corporativa, como também na vida residencial”, diz a empresária Luciana Magalhães.

As arquitetas fizeram todo o projeto de iluminação de um empreendimento comercial em construção na zona sul de São Paulo. O LED será instalado nas áreas externas de paisagismo, na fachada do prédio e no terraço.

“Eu acho que a iluminação é muito importante, tanto no projeto como também na escolha dos materiais, como também no acompanhamento da instalação”, diz o engenheiro, Edmundo de Paula Eduardo.

Em uma pizzaria localizada em um prédio de 1933, tombado pelo patrimônio histórico, o projeto feito pelas arquitetas inclui a instalação de luminárias de LED na fachada. O gasto de R$ 15 mil em iluminação LED valorizou o prédio.

“A gente buscou uma iluminação bastante eficiente, e no LED até com uma economia de energia, também pra tornar mais moderna a iluminação”, diz o dono da pizzaria, Rodrigo Martins.

No ano passado, as empresárias tiveram um faturamento de R$ 35 mil. Para este ano, elas têm uma meta audaciosa. “A nossa projeção é realmente neste ano de 2013 ter quase 50% de aumento, em relação a projetos, e ter uma efetivação maior ainda, uma captação maior de clientes para 2014”, diz a empresária Luciana Magalhães.

Fonte: Iluminar

Quais lâmpadas entram para substituir as incandescentes?

Isso porque, até então, o mercado brasileiro está acostumado a consumir esse tipo de produto como primeira opção, atingindo cerca de 300 milhões de incandescentes por ano. Mas, afinal, qual a melhor alternativa para substituir as tradicionais lâmpadas inventadas por Thomas Edison, há mais de 120 anos?

A tecnologia com filamento de tungstênio que perdurou por gerações sai do mercado e deixa o papel de protagonista para os produtos com novas soluções energeticamente mais eficientes, como as fluorescentes compactas, halógenas e os LEDs, que possuem alto valor agregado em sustentabilidade e economia. No caso das incandescentes acima de 150W, temos como substitutas mais lógicas as eletrônicas de alto fator de potência (entre 28W e 105W).

Já no caso das lâmpadas com potência igual ou menor que 100W, que começam a ser banidas a partir de Julho de 2014, as halógenas de 42W (substitutas das de 60W) e 70W (substitutas das de 100W) são as opções mais baratas, pois possuem preço entre as incandescentes e eletrônicas, duração de 1.000 horas, oferecem 30% de economia de energia, além do mesmo brilho das tradicionais, fator essencial no momento de compra. Além disso, os LEDs e as eletrônicas também são opções viáveis.

Em um primeiro momento, pode parecer que a substituição não é vantajosa e prejudicará o bolso do consumidor, pois precisará pagar mais caro pelas lâmpadas alternativas. Entretanto, é importante entender a ação como um investimento antecipado e logo será possível perceber a economia com a mudança. Hoje, por exemplo, uma lâmpada incandescente comum de 60W custa, em média, R$ 1,50 e dura, aproximadamente, 1.000 horas. Já uma fluorescente de 15W, que pode substituir a incandescente de maneira equivalente, custa, mais ou menos, R$ 7,50 e é capaz de atingir uma vida mediana de 8.000 horas.

Isso significa que, apesar de ter um custo inicial maior, ela dura oito vezes mais que a tradicional. O preço de uma lâmpada de LED é mais alto, mas o modelo que substitui uma incandescente de até 40W, por exemplo, consome apenas 8W. Ou seja: cinco vezes menos. Além disso, sua vida útil de 50.000 horas e a economia de energia de até 90% fazem com que o LED gere benefícios constantes.

Para que o consumidor fique atento e possa escolher as melhores opções, vale destacar que as lâmpadas de 60W, potência mais comercializada no país, terão venda proibida no dia 30/06/2015 e o processo deve ser encerrado em 30/06/2016, quando as lâmpadas incandescentes com potência entre 25W e 40W também sairão das prateleiras.

Não fazem parte da regulamentação

A Portaria n° 1007, de 31 de dezembro de 2010, determina que as lâmpadas tradicionais que não se encaixam nos novos índices de eficiência energética devem ser banidas do mercado até 2016, em ordem decrescente de potência.

Porém, permanecem no mercado as incandescentes com bulbo inferior a 45 milímetros de diâmetro e com potências iguais ou inferiores a 40W; específicas para estufas e equipamentos hospitalares; refletoras/defletoras ou espelhadas, caracterizadas por direcionar os fachos luminosos; lâmpadas para uso em sinalização de trânsito e semáforos; incandescentes halógenas; infravermelhas utilizadas para aquecimento específico por meio de emissão de radiação infravermelha; incandescentes para uso automotivo.

*Cláudio Giannico é formado em Administração de Empresas pela FMU, com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e é gerente nacional do Canal Retail da OSRAM.

Fonte: O Debate