Brasil importa mais de 90% das lâmpadas que consome

Em tempos de energia cara, o hábito de usar lâmpadas com tecnologia mais moderna e econômica é indicado como alternativa para reduzir consumo e controlar a conta de luz. Mas a troca de lâmpadas, que estimula as vendas do produto, não tem beneficiado a indústria local. O motivo é que o Brasil importa mais de 90% de todas as lâmpadas que consome em lugar de produzir localmente. Somente de janeiro a agosto deste ano, as importações do produto somaram US$ 544 milhões, 10% a mais que as importações feitas em todo o ano de 2011, de US$ 489 milhões, o que dá ideia da intensidade da demanda e do tamanho do mercado que fabricantes domésticos deixam de conquistar.
Os dados são da Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação) que explica que a queda dessa indústria nacional de lâmpadas começou em 2001. A partir daí, houve uma procura intensa por lâmpadas mais eficientes e o mercado brasileiro foi invadido pelos itens produzidos na China onde havia mais incentivos à fabricação e as lâmpadas importadas ficaram muito mais baratas que as produzidas no Brasil. Com isso, a produção local perdeu espaço. O diretor administrativo da Abilux, Marco Poli, conta que o Brasil já teve uma grande produção de lâmpadas, mas não resistiu à competição dos produtos chineses mais modernos e mais baratos.
Ainda segundo a Abilux, dos US$ 544 milhões em lâmpadas importadas no primeiro semestre deste ano, US$ 472 milhões são do tipo fluorescentes e US$ 72 milhões do tipo LED (do inglês, Light Emitting Diode). Esses dois tipos são mais eficientes, consomem menos energia e duram por mais tempo do que as do modelo incandescente, que eram as mais comuns antes de 2001 por serem também mais baratas.

Fim das incandescentes
Em 2016, o Brasil deve encerrar o comércio de lâmpadas incandescentes. O fim desse tipo de lâmpada, que gasta muito mais energia, faz parte da política nacional de eficiência energética. As mudanças começaram em 30 de junho de 2012, com as lâmpadas de potência igual ou superior a 150 W. O processo de substituição deve se encerrar em junho de 2016, com a participação de unidades com potência inferior a 40 W.
Em 2001, a indústria de lâmpadas no país praticamente se extinguiu e restou apenas a fábrica Osram, em Osasco (SP), afirmou o diretor técnico da Abilumi (Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação), Alfredo Bomilcar. Mais recentemente, no entanto, começaram a surgir fábricas de lâmpadas mais modernas do tipo LED. Atualmente, há cerca de 20 indústrias fabricando essas lâmpadas, que produziram 2,5 milhões de itens em 2014, 10% do total de LEDs consumidas no país.

LED impulsionará indústria local
A aposta da produção de lâmpadas no Brasil está centrada na popularização do tipo LED. Marco Poli destaca que o setor de iluminação está trabalhando para garantir competitividade às fabricas de lâmpadas desse modelo. "Não vale a pena mais você querer investir em fábrica de lâmpadas fluorescentes. Aos poucos o mercado vai migrar para o modelo LED, que é mais moderno", afirmou. Ele lembra até a China, que domina o mercado mundial de lâmpadas fluorescentes, está transferindo incentivos fiscais para a produção de LED.
Parte desse apoio para garantir competitividade inclui a regulamentação desse tipo de lâmpada para que o produto nacional possa competir com igualdade com o importado. Poli relata que hoje parte do que é importado tem qualidade inferior e por isso custa menos, o que acaba prejudicando o produto nacional.
A partir de dezembro de 2015, começa a entrar em vigor a regulamentação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) com critérios mínimos que terão que ser atendidos pelas lâmpadas. Por seis meses, os importadores ainda poderão comercializar o produto que não atendem aos critérios e depois, por mais seis meses, o comércio varejista poderá vender as LED.
Com a nova regulamentação o mercado acredita que poderá dar impulso à produção nacional. Além disso, os produtores têm negociado com o governo para que órgãos públicos deem preferência para produtos nacionais. Segundo Bomilcar, o mercado de LED está crescendo de 20% a 30% ao ano e em três anos esse tipo de lâmpada será a maioria no mercado.
Fonte: Fato Online

Conheça as vantagens das fachadas ventiladas

A Fachada Ventilada é considerada uma solução construtiva sustentável que alia inovação e eficiência energética auxiliando na melhoria do conforto térmico, já que é capaz de reduzir entre 30% a 50% do consumo de energia de um edifício. Outro diferencial do sistema é que os materiais utilizados em sua composição são 100% recicláveis.
O sistema cria uma segunda pele em relação à fachada principal do edifício, protegendo-a. Seu revestimento é fixado a uma armação de alumínio (ou de aço inoxidável) que se ancora na estrutura da edificação, mantendo a fachada afastada da alvenaria de vedação.
O princípio fundamental das fachadas ventiladas é seu sistema de juntas abertas, que permite que o espaço entre as placas não recebam vedação completa nas aberturas inferiores e superiores, possibilitando, assim, a criação da lâmina de ar na cavidade entre as duas paredes. Essa cavidade tem largura média entre 10 e 15 centímetros, mas pode ser maior caso seja necessária a passagem da rede através de um shaft de instalações do edifício, que produz o efeito chaminé, possibilitando a troca de ar permanente na câmara e maior o conforto ambiental dentro do edifício.
O efeito chaminé acontece quando o ar mais quente sobe e, pela diferença de pressão, suga para dentro da cavidade o ar mais fresco. O ar da cavidade muda continuamente e não aquece a face do corpo da edificação, que permanece protegida.
Vantagens
Além de auxiliar na eficiência energética do edifício e colaborar com o conforto ambiental dos ambientes internos, as fachadas ventiladas possuem outras vantagens:
Sistema respirante
O sistema possibilita a dispersão do vapor presente no interior das paredes, eliminando a umidade dos edifícios. O vapor de água que se forma no interior do edifício também pode ser parcialmente eliminado através das paredes, contribuindo, assim, com a conservação da estrutura.
Estanqueidade à água
Quando dimensionado corretamente para as necessidades específicas de cada edifício, o sistema de fachadas ventiladas é capaz de controlar a entrada de água da chuva e eliminar as infiltrações, uma das causas mais frequentes da deterioração das fachadas.
Facilidade de limpeza
A estanqueidade da água é uma vantagem, também, porque sua alta durabilidade e seu baixo grau de absorção permitem que a limpeza das placas seja feita pela própria água da chuva, diminuindo o acúmulo de sujeira e inibindo a fixação de produtos químicos, como tintas e outros compostos utilizados em pichações, por exemplo.
Facilidade de manutenção e reposição das placas
Cada um dos painéis da fachada ventilada é independente. Esse fato facilita a instalação e a manutenção da fachada, possibilitando reparos, mudanças e checagens com agilidade.
Outras vantagens que devem ser consideradas são a redução considerável do prazo de obra, com baixo ruído e menor interdição a possibilidade de uso de placas em grandes formatos com segurança; a variedade de cores, formatos e texturas; a possibilidade de utilização da cavidade como shaft de instalações elétricas, hidráulicas e de ar-condicionado e também as opções de incluir tratamento de isolamento térmico e acústico e de tratamento de revestimento anti-bactericida.
Aplicação
O sistema de fachada ventilada pode ser utilizado em todas as tipologias arquitetônicas: residenciais (com redução considerável do prazo da obra); comerciais (menor custo de reposição e utilização do shaft como passagem de instalações); hotéis (com reforma mais rápida, com baixo ruído e menor interdição); hospitais (com opção de revestimento anti-bactericida) e equipamentos urbanos (baixo custo de manutenção).
Por meio de painéis e baguetes em terracota, as fachadas apresentam benefícios significativos para projetos comerciais e residenciais.
Considerando a questão estética, o destaque fica por conta das cores e texturas com painéis em terracota com acabamento natural, esmaltado ou polido. Os painéis são, ainda, resistentes às intempéries.
Fonte: Arch Daily

Chuveiro Inteligente

Após invenção, rondonense pretende patentear chuveiro inteligente

Santa Catarina - Depois de 16 meses de dedicação exclusiva, o engenheiro rondonense Gelson Onir Pasetti pode começar a colher os frutos de sua criação. Isso porque o engenheiro de controle de automação e mestre em Engenharia de automação e sistemas, pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Sistema da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, planejou e inventou um chuveiro híbrido inteligente que possibilita a economia de até 78% de energia elétrica, além de reduzir três litros de água por banho; em termos financeiros, a economia média seria de R$ 531 por ano em uma família de quatro pessoas.
Em tempos de pouca chuva e da conta de energia elétrica elevada, o projeto apresentado como tese de dissertação de mestrado em 2014 vem a calhar e muito à realidade das famílias brasileiras. A invenção do rondonense se tornou com mérito notícia na UFSC e em veículos de comunicação de Santa Catarina por ser algo inovador e que atende aos requisitos de preservação do meio ambiente, incentivando os cuidados no consumo de água, bem como a eficiência energética.
Pasetti atualmente verifica a possibilidade de desenvolver a patente do chuveiro híbrido. Para isso se concretizar, o rondonense precisa que alguma empresa que trabalha no ramo de aquecimento de água demonstre interesse em comercializar a ideia. "Espero que daqui algum tempo este produto esteja disponível no comércio", comenta.

PROTÓTIPO
O desenvolvimento do protótipo consumiu investimentos de cerca de R$ 5 mil, valor que pode ser considerado razoável ao analisar os inúmeros benefícios. "Para montá-lo tive o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Departamento de Automação e Sistemas da UFSC", contou Pasetti à reportagem de O Presente.
Fonte: O Presente Digital

Dez dicas de como economizar energia e diminuir o valor da conta de luz

Em tempos de crise no setor elétrico, conta de luz em alta - média de R$5 por cada 100 quilowatts/hora (kWh) - e escassez de água, algumas simples mudanças de hábito no dia a dia e aparelhos de alta eficiência podem ajudar a economizar bastante no fim do mês.
De acordo com o engenheiro e gerente da Grundfos no Brasil, Marcelo Pustilnic, os aparelhos de alta eficiência, que têm mecanismos de ajustes e controles adaptáveis de acordo com o uso, podem reduzir o consumo de energia e água bem como algumas mudanças de hábitos. "Quanto maior for o rendimento do equipamento, menor é o consumo de energia. Alguns cuidados que parecem simples também podem gerar uma grande economia", explica.
Dicas:
1. Prefira lâmpadas que economizam mais energia, como as LED - em uma lâmpada incandescente comum, menos de 10% da energia que passa por ela é transformada em luz. Os outros 90% de eletricidade são perdidos na forma de calor, por isso as lâmpadas desse gênero ficam quentes quando ficam acessa por muito tempo. Enquanto uma lâmpada incandescente gasta certa de 60W para produzir uma determinada quantia de lúmem, um conjunto de LED precisa de apenas 20W;
2. Os aparelhos de ar condicionado de alta eficiência podem gerar uma economia de até 50%, pois atingem a temperatura desejada mais rapidamente. Além disso, quando estiver usando, mantenha os filtros limpos, portas e janelas bem fechadas, para evitar a entrada de ar do ambiente externo, isso dificulta a troca térmica do gás com o ar, aumentando a pressão interna no sistema e consequentemente reduzindo a eficiência do aparelho;
3. Escolha uma máquina de lavar de alta eficiência e com capacidade para atender as necessidades da família. 4. Aproveite ao máximo a luz do dia deixando cortinas e portas abertas. Em caso de mesas de trabalho e de leitura, coloque-as próximas às janelas. Essa simples mudança nos cômodos pode gerar muita economia de energia no fim do mês;
5. Prefira geladeiras e freezers com eficiência energética, portanto, mais econômicos. Instale o aparelho em local bem ventilado e longe de fogões, aquecedores ou locais onde bate sol, para evitar gasto desnecessário de energia. Não abra a porta sem necessidade ou por tempo prolongado. Evite guardar líquidos em recipientes sem tampa ou forrar as prateleiras da geladeira com vidros ou plásticos, pois isto dificulta a circulação interna do ar frio;
6. Se possível, evite usar aparelhos elétricos durante o horário de pico, de maior consumo de energia (das 18h às 21h);
7. Desligue a função de standby dos aparelhos quando não estiver usando. Retire os aparelhos da tomada e desligue as luzes dos cômodos quando não estiverem sendo utilizados;
8. Evite o uso de benjamins. O acúmulo de ligações na mesma tomada pode causar o seu aquecimento e aumentar as perdas elétricas;
9. Para o aquecimento de água dê preferência aos aquecedores solares. Além da economia na conta de luz, você estará ajudando a preservar o meio ambiente;
10. Quando viajar, desligue a chave geral da casa para não gastar energia com coisas desnecessárias.
Fonte: Ecodebate

Cemig inaugura sistema de aquecimento solar em Belo Horizonte

A Cemig - Companhia Energética de Minas Gerais, por meio do seu Programa de Eficiência Energética (PEE), inaugurou nesta sexta-feira (23/10), o Projeto Solar ILPI no Lar dos Idosos São José, em Belo Horizonte. O investimento da Empresa na Instituição é de aproximadamente R$ 180 mil e a previsão é de que a redução no consumo de energia elétrica usada para o aquecimento da água seja de 70%. Além disso, o deslocamento da demanda para fora do horário de ponta contribui com o sistema elétrico do país, diminuindo a sobrecarga.
Fruto da parceria entre a Empresa e o Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), o projeto visa a instalação de sistemas de aquecimento solar de água em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), gerando mais conforto para os internos e economia para a entidade, com a redução significativa na conta de energia após a substituição de chuveiros elétricos pelo aquecimento solar.
Para o presidente da Cemig, Mauro Borges Lemos, a importância do Programa vai além da economia gerada, e beneficia diretamente uma parte da sociedade que precisa de mais atenção. "A Cemig é líder nacional na instalação de aquecedores solares. Dessa forma, cumprimos nosso papel de garantir os benefícios da energia elétrica para todos mineiros, especialmente, nessa fase da vida, quando são necessários cuidados especiais e tratamento diferenciado".
De acordo com o coordenador do Projeto Solar ILPI, Ranieri Coelho, além da redução nos custos, o Programa de Eficiência Energética - PEE busca disseminar a cultura do consumo consciente. "Esperamos que a substituição dos chuveiros elétricos pelos sistemas de aquecimento solar seja apenas o ponto de partida para uma mudança muito maior, que tem como finalidade o não desperdício de energia elétrica e a preservação do planeta", afirma o coordenador.
A Cemig já beneficiou neste ano 18 instituições em todo Estado, com investimento de cerca de R$ 900 mil. A previsão é de que em 2016 mais 142 Instituições de Longa Permanência para Idosos também sejam contempladas, com investimento de aproximadamente R$ 5 milhões, em 124 municípios na área de concessão da empresa.

Regulamentação
Conforme legislação vigente, as concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica estão obrigadas a aplicar, anualmente, o montante de, no mínimo, 0,5% de sua receita operacional líquida em ações que tenham por objetivo o combate ao desperdício de energia elétrica, o que consiste no Programa de Eficiência Energética das Empresas de Distribuição - PEE. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é responsável por regulamentar a aplicação desses recursos.
Fonte: Setor Energético

Lixo gera desconto na conta de luz

Pernambuco - Em tempos de conta de energia nas alturas alguns pernambucanos conseguem a proeza de zerar a fatura mensal de energia elétrica. São clientes da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) que se cadastraram no projeto Vale Luz e recebem um bônus de desconto na conta em troca de lixo reciclável. Uma alternativa sustentável para enfrentar os reajustes tarifários de 22% em média neste ano, incluindo o anual, a chamada revisão tarifária extraordinária (RTE), e as bandeiras tarifárias, que encarecem o consumo de energia. Em sete anos, o programa possuía 3.587 pessoas inscritas na Região Metropolitana do Recife (RMR) e distribuiu R$ 103 mil de bonificações em troca de 372 toneladas de resíduos descartáveis retirados das ruas.
José Soares da Silva, 79, declarou guerra à bandeira vermelha que onera a conta de energia em R$ 5,50 a cada 100 kWh. Ele mora no Alto Nova Olinda II, uma das 30 comunidades inseridas no projeto Vale Luz e paga R$ 70 de conta. Pagava. Há quatro meses, o aposentado consegue zerar a conta de energia e economizar nas despesas mensais. Quando o caminhão da coleta seletiva chega à comunidade ele é o primeiro que aparece para entregar o material reciclável e ganhar bônus.
"A minha conta estava muito alta. Eu ganho o salário mínimo e estava difícil pagar. Abriram essa brecha e eu entrei. Aproveito o dinheiro para pagar outras contas", comemora. Além de participar do programa, o idoso diz que percorre o bairro para conscientizar os moradores a juntar o material reciclável.
Papelão, papel, garrafa pet, ferro, alumínio, catamba (plástico grosso), tetra pak. A comerciante Rosilene da Silva Nunes, 55, tem uma mercearia no mesmo bairro. Ela decidiu entrar no programa porque a conta de luz apertou no bolso. Rosilene utiliza dois freezers antigos que consomem muita energia, o gasto mensal é de 400 kWh/mês. Com o aumento da tarifa, a fatura mensal ultrapassa R$ 300.
"Hoje entreguei papelão e garrafas pets e ganhei R$ 5,20 de bônus. A minha meta é zerar a conta". Rosilene destaca a importância de retirar o lixo da rua e preservar o meio ambiente. Solange Mendes dos Santos, 42, é outra entusiasta: "Desde o começo eu entrei no programa. Estou acumulando bônus para zerar a conta."

Crédito na fatura
O projeto Vale Luz da Celpe iniciou em 2009, financiado com recursos de sucata da troca de geladeiras recolhidas dos clientes. Agora o programa está incluído no orçamento do plano de eficiência energética da companhia, cujo investimento estimado é de R$ 19 milhões este ano. Quinzenalmente, dois caminhões percorrem as localidades de Recife, Olinda e Abreu e Lima para recolher os resíduos descartáveis. A inscrição dos moradores pode ser feita na unidade móvel onde o material é entregue. O bônus é creditado na próxima fatura.
O material coletado nas comunidades é separado dentro do caminhão e depois entregue às cooperativas de catadores de material reciclável, que ficam responsáveis pela comercialização dos resíduos. Parte do lucro dos catadores com a venda do material é repassado à Celpe, para financiar o bônus que o consumidor recebe como desconto na conta de luz.
Ana Christina Mascarenhas, gerente de eficiência energética da Celpe, diz que a ideia é ampliar o projeto Vale Luz em 2016 para outras comunidades da área metropolitana do Recife. Uma empresa de consultoria de resíduos sólidos vai ser contratada pela distribuidora para estabelecer novas parcerias com os clientes de consumo intensivo, como as indústrias e os supermercados. "No desenho novo vamos chegar em outros bairros, mas sem abandonar a figura do catador".
Questionada se a alta da conta de luz estimulou mais consumidores a entrarem no projeto, Ana Christina diz que o programa é cíclico, muitos clientes entram e depois deixam de participar. Uma coisa é certa: reduz a inadimplência da distribuidora. "A adimplência é maior porque o cliente tem o desconto na conta e o bônus ajuda a pagar. Tem cliente que junta os resíduos de parentes e vizinhos e consegue zerar a conta".
Fonte: Diário de Pernambuco

Brasileiro quer portabilidade da conta de luz

Sete de cada dez brasileiros querem liberdade de escolha do seu fornecedor de energia elétrica. Do mesmo modo como contam com a possibilidade de selecionar a sua operadora de telefonia celular. É o resultado de uma pesquisa encomendada ao Ibope, em todo o País, pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, Abraceel. Foi revelado, ainda, que o desejo da portabilidade da conta de luz saltou de 66% no ano passado para 72% da população em 2015. Os cidadãos da classe AB, com rendimento acima de cinco salários mínimos, bem como a população com curso superior e moradora de regiões metropolitanas, representam os segmentos mais propensos a adotar a liberdade de escolha no setor elétrico.
Dos entrevistados, 44% acreditam que a portabilidade da conta de luz vai permitir a redução nas tarifas do setor. "O brasileiro em geral quer mais autonomia para gerir a sua conta de energia elétrica e acredita na força da competição como elemento indutor para a redução de preços na área", afirma Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel. A Associação também apoia o projeto de lei da Portabilidade da Conta de Luz encampada pela Frente Parlamentar Mista em Defesa das Energias Renováveis, Eficiência Energética e Portabilidade da Conta de Luz. Entre outras medidas, por meio dessa nova legislação, todos os consumidores, inclusive os residenciais, poderão ser livres para escolher seu fornecedor de eletricidade.
Caso o projeto seja aprovado e implementado, 72% dos brasileiros desejam trocar imediatamente o seu atual fornecedor de eletricidade. Um desejo seis pontos percentuais maior do que o verificado em mesma pesquisa realizada em 2014. "Provavelmente, a insatisfação com o aumento das tarifas nos últimos meses tenha contribuído com essa disposição maior para mudança", explica Medeiros. Isso é justificado pelo fato de que 64% dos que afirmam ter a intenção de substituir concessionária dizem que fariam isso em razão dos preços praticados.
A geração distribuída de energia também está na agenda do cidadão brasileiro. Quase 90% dos brasileiros afirmam que gostariam de poder gerar energia elétrica em suas residências, 12% a mais do que no ano passado. "O mercado livre de energia é o melhor ambiente para que essa iniciativa seja aplicada e funcione a contento", complementa Medeiros. A pesquisa do Ibope foi encomendada como subsídio para a campanha A Energia para o Brasil Crescer é Livre, promovida pela Abraceel em 2015, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e mais 60 empresas e organizações da sociedade civil. A iniciativa tem como objetivo promover a liberalização do setor elétrico brasileiro, por meio da aprovação do projeto de lei da Portabilidade da Conta de Luz.
"O Congresso Nacional já se sensibilizou para conceder o direito da liberdade de escolha de fornecedor de energia para o cidadão, como já ocorre nos países da União Europeia, dos Estados Unidos, do Canadá e até mesmo nações latino-americanas, como a Colômbia", detalha Medeiros. Atualmente, são poucos os consumidores brasileiros que podem escolher seu fornecedor. Sobretudo grandes indústrias e empresas, contam com tarifas 20% menores do que as praticadas no mercado cativo. Para o presidente da Abraceel, isso é um sinal inequívoco de como a ampliação da liberdade de escolha para todos os consumidores, inclusive os residenciais, pode contribuir para a queda dos preços. "Isso vai significar, além de maior competitividade para a indústria, um fator determinante para reduzir a indexação dos contratos no setor, contribuindo assim para a queda nas taxas de inflação."
A pesquisa Ibope sobre o setor de energia elétrica contou com 2.002 entrevistas realizadas em todo o Brasil, com pessoas acima de 16 anos. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro estimada é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo sobre os resultados encontrados na amostra.
Fonte: Revista Cliente SA

Brasil desperdiça 7 milhões de MWh por ano com motores velhos, aponta estudo

O Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC) realizou estudo que comprova o desperdício de mais de sete milhões de MWh por ano no Brasil, decorrente da comercialização de motores industriais recondicionados, e com baixo nível de eficiência. O projeto, coordenado pelo professor Reinaldo Castro Souza do Departamento de Engenharia Elétrica da PUC, foi realizado em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e apoiado pela International Copper Association Brazil (ICA/Procobre).
De acordo com o estudo, a perda de energia decorrente da venda irregular destes motores, usados em prensas e máquinas operacionais, é responsável por uma perda de energia equivalente à produção anual de Angra 2 ou da usina hidrelétrica de Porto Primavera. O coordenador do projeto contou à Brasil Energia sobre os objetivos da pesquisa e a repercussão dos resultados.
O estudo mostrou que a comercialização de motores industriais recondicionados influenciou em grande desperdício de energia. Como vocês chegaram a esse resultado?
Reinaldo Souza: Todo motor que é recondicionado resulta em uma perda de eficiência de 1% a 3%. Assim, estes motores recondicionados passam a consumir mais energia do que consumiam antes do reparo. Além disso, o tempo de vida do recondicionado também diminui e, em geral, ao falhar de novo, são mais 1% a 3% de perda de eficiência e assim, mais consumo de energia para realizar a mesma tarefa.
Qual é uma possível solução para esse problema?
Reinaldo Souza: A solução seria que estes recondicionamentos fossem feitos pelas oficinas autorizadas que seguem o protocolo correto de recondicionamento (as não autorizadas fazem estes recondicionamento sem obedecer a estas normas). Além disso, o comércio que estas não autorizadas tendem a fazer, de venderem motores recondicionados ineficientes (que é prática comum nestas oficinas), deveria ser proibido pelo regulador.
Um dos objetivos do projeto era "sensibilizar o poder público". Houve algum tipo de diálogo com o poder público após o estudo?
Reinaldo Souza: Sim, tanto que a ANEEL está preparando um edital de projeto prioritário para substituição de motores antigos por motores novos com financiamento dos recursos do PEE (Programa de Eficiência Energética). A indústria interessada receberia um bônus pela troca de seu(s) motor(es) velho(s) e estes seriam recolhidos pelo fabricante do motor. O edital deste projeto está em elaboração pela ANEEL.
Fonte: Brasil Energia

Horário de verão

Durante cinco meses o país viverá em época de conscientização de consumo de energia adiantando o horário em uma hora
 
Começou domingo, dia 18 de outubro, a 39ª edição do Horário Brasileiro de Verão. Criado em 1931 e adotado ininterruptamente desde 1985, o horário especial tem como objetivo reduzir a pressão sobre o consumo de energia elétrica dos brasileiros, além de prevenir e manter cuidado aos impactos ambientais. Nos últimos anos, a mudança no horário conseguiu, em média, reduzir em 4,5% a demanda de energia durante o horário de pico, das 18 às 21 horas. Este ano, o Ministério de Minas e Energia estima superar R$ 7 bilhões por ano com a adoção nos horários críticos.
O horário de verão terá a duração de cinco meses e vai começar à meia noite de domingo, dia 18 de outubro, e perdurará até o mesmo horário de 21 de fevereiro de 2016. Com isso, o brasileiro deverá adiantar uma hora de seu relógio nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste.
A medida é aprovada pelos especialistas, pois geram benefícios para a população e para a economia do país. Um grande exemplo é que as pessoas podem terminar os seus afazeres sem se utilizar da iluminação artificial e, dependendo da cidade, busca manter mais segurança às ruas. Além disso, o horário de verão traz a sensação de que o dia foi mais produtivo. Entretanto, a desvantagem é que a mudança de horário pode provocar inicialmente a sensação de perda de tempo e afetar o relógio biológico. Contudo, a população aos poucos se acostuma com a rotina e o desconforto psicológico se adequa ao novo horário.
No final de 2014 e durante o ano de 2015, o governo precisou tomar medidas devido a falta de chuva, o que prejudicou o nível de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas. Com isso, a preocupação para se obter uma maior economia energética neste ano será maior. De acordo com o professor e Coordenador do LABEE - Laboratório de Eficiência Energética, da PUCRS, Odilon Francisco Pavón Duarte, uma das maiores vantagens do horário de verão é o baixo consumo de energia, o que evita que as tarifas não sejam elevadas.
- A iluminação pública, por exemplo, também será acionada mais tarde e não coincidirá com o momento em que a população solicitará o serviço doméstico. Desta forma, a curva de consumo será menor, diz Odilon.
Além da iluminação pública, o professor Odilon lembra que a redução da demanda de energia das termelétricas deve ser poupada durante este período.
- Pode-se restringir as atividades de algumas usinas termelétricas, cujo o custo de produção de eletricidade é mais elevado que a hídrica, por exemplo, explica.
 
Norte e Nordeste não aderem ao horário de verão
No entanto, não será em todo o país que adotará esta prática. Os estados do Norte e Nordeste não aderem ao horário, pois, nessas regiões o nascer e o pôr do sol não variam entre o verão e o inverno no decorrer do ano. Com isso, terá um fuso horário entre as demais regiões que adotam a prática. Ainda assim, o norte e nordeste deverão se precaver com a economia energética.
O professor Odilon sugere que a troca do ar condicionado de janela (ACJ) por um Split, o ajuste no termostato da geladeira (além de abri-la ao mínimo possível) e a regulagem do chuveiro elétrico auxiliam na redução dos gastos da eletricidade e proporcionam um conforto térmico, além de poupar também a água.
O professor também ressalta que os consumidores residenciais podem aproveitar o horário de verão como uma forma de reduzir de forma significativa o valor das suas contas de energia elétrica. Odilon é direto:
- Aproveite a iluminação natural e pratique atividades físicas ao ar livre. Estando dentro de casa, abra as janelas e aproveite a luz natural. Ela faz bem e é de graça.
Com o reajuste das tarifas de energia, Odilon recomenda que produtos com o menor índice de consumo sejam uma alternativa para que não ocorra uma aumento elevado no valor da conta da energia. Durante o final do ano, que é a época de muita demanda de compra de eletrodomésticos, ele recomenda a escolha de modelos com o Selo Procel de economia de energia ou que possuam a Etiqueta do Inmetro no nível de eficiência. Outra opção é a utilização de lâmpadas de LED, que consomem menos eletricidade e possuem maior vida útil.
 
Dicas para reduzir o consumo de energia durante o Horário de Verão
 
Iluminação
Durante o horário de verão o dia possui um maior tempo de luz solar. Uma dica para economizar energia é aproveitar a iluminação natural para a realização das atividades. Outra forma de utilizar melhor a luz natural é usar cores claras nas pinturas das paredes já que as cores escuras exigem um maior potencial de iluminação. A utilização de lâmpadas de LED também contribui para a redução do consumo.
Chuveiro
Reduza o tempo de banho para no máximo oito minutos. Também é recomendado a utilização da posição verão, que diminui em cerca de 1/3 o gasto de energia durante o banho. Examine também a possiblidade de desligar o chuveiro elétrico nos dias muito quentes. Em várias oportunidades não se faz necessário aquecer a água através de resistência elétrica. Outra dica é não reaproveitar resistências queimadas, pois, além de não ser seguro, ainda aumenta o consumo de energia.
Geladeira e Freezer
Esses aparelhos devem ficar longe de fontes de calor, como os raios solares ou fogões. A vedação da porta deve ser sempre verificada para evitar a fuga de ar frio, assim como o abrir e fechar a geladeira com frequência. Regular o termostato de acordo com a estação e evitar usar a parte de trás da geladeira para secar roupas também contribuem para a redução do consumo.
Ar-condicionado
Utilizar o equipamento somente em ambientes fechados, com portas e janelas bem vedados. Outra dica é fechar as portas do ambiente e ligar o aparelho no máximo. Após esperar refrigerar, diminuir a intensidade para manter a temperatura confortável. Também é importante manter sempre limpos os filtros do aparelho, já que o excesso de sujeira faz com que o equipamento consuma mais energia. A regulagem recomendada do termostato é entre 22ºC e 24ºC.
Lavadoras de roupas e louças
Nas máquinas de lavar roupas e louças desative o sistema de aquecimento de água. Também é recomendável acumular as roupas e louças para serem lavadas e secadas utilizando-se a capacidade máxima da máquina. Usar a dosagem correta de sabão em pó para não repetir a operação de enxaguar também economiza energia.
Geração de energia
Verifique a possibilidade de gerar a sua própria energia elétrica através de painéis fotovoltaicos. Os períodos de verão e calor são os mais propícios para se aproveitar a irradiação solar.
Fonte: Fabrício Alves Moraes, para o Procel Info