Ar-condicionado inverter é econômico mesmo?

Sempre que nos interessamos por adquirir algum equipamento, vamos em busca de informações sobre ele, certo? Ao fazermos a pesquisa por ar-condicionado, não é difícil encontrarmos opiniões desencontradas ou incompletas sobre as mais variadas características deles, mas uma delas, em especial, chama a atenção: a questão de economia de energia.
Não estamos aqui falando a respeito do Selo Procel de Economia de Energia, que é também um ponto muito importante a se observar, mas de diferenças entre modelos de condicionadores de ar. De acordo com diversos artigos encontrados na internet, o ar-condicionado inverter é considerado o modelo mais econômico, vencendo a concorrência entre os aparelhos tradicionais e o portáteis. Mas será que isso é mesmo verdade? Vamos entender melhor isso.
Por que o ar-condicionado inverter é considerado mais econômico?
Para acabar com qualquer mistério, podemos confirmar que o ar-condicionado inverter é sim mais econômico. Isso acontece porque a tecnologia utiliza o compressor de forma mais inteligente. Em vez do condicionador de ar desligar o compressor ao atingir a temperatura desejada, o compressor e a frequência do motor ficam em um giro mais lento, sem parar completamente. Com isso, não existe mais o pico de liga/desliga, mas sim um funcionamento gradual até atingir novamente a temperatura. Estima-se que essa função reduz em até 30% o consumo.
Mas, para deixar essa explicação mais clara, vamos entender a diferença de funcionamento de um ar-condicionado inverter e um convencional. Confira:
Desempenho
Convencional: a temperatura no ambiente tende a ter maior oscilação durante a operação de climatização. Isso ocorre devido ao funcionamento intermitente do compressor "Liga/Desliga", que ocasiona maior consumo energético.
Inverter: a temperatura no ambiente tende a ser mais constante, já que o compressor funciona em rotação variável e contínua. Isso resulta em menor consumo energético, chegando a até 30% de economia em relação aos aparelhos convencionais.
Velocidade
Convencional: o tempo de operação para atingir a temperatura ideal é maior quando comparado ao inverter.
Inverter: geralmente, atinge a temperatura desejada com menor tempo de operação que o convencional, porque o fluído refrigerante (gás) circula com maior pressão no aparelho e resulta em melhor troca de calor.
Ruído
Convencional: possui um nível de ruído da unidade externa condensadora um pouco maior, pois o compressor opera com rotação fixa e intermitente (Liga/Desliga). É comum encontrar quatro níveis de regulagem da velocidade do fluxo de ar (baixa, média, alta e automática) na unidade interna evaporadora.
Inverter: o nível de ruído aqui é menor, visto que o compressor opera com rotação variável e contínua (Não Desliga). Geralmente, encontramos um nível de regulagem adicional da velocidade do fluxo de ar na unidade interna evaporadora, que o torna mais lento e suave.
Gás e Compressor
Convencional: alguns são equipados com gás R22 e outros com R410a. Tanto o R22 quanto o R410a possuem eficiência de climatização, no entanto, o gás R410a não afeta a camada de ozônio. O compressor trabalha com rotação fixa e intermitente (Liga/Desliga). Quando utilizado o gás R22 no modo de aquecimento, há a possibilidade de congelamento ao ser exposto a temperaturas muito baixas. Isto faz com que o aparelho inverta o ciclo de refrigeração para descongelar e continuar a operação de aquecimento do ambiente, posteriormente.
Inverter: os ares-condicionados com tecnologia inverter só possuem o gás R410a, conhecido como Gás Ecológico, que faz também com que o aparelho tenha melhor rendimento se comparado com o R22. O compressor trabalha com rotação variável e contínua (Não desliga). É mais recomendado para localidades com temperaturas muito baixas, pois o seu funcionamento, por causa do gás utilizado, diminui a chance de congelamento.
Fonte: Agora Vale 15.05.2018

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