A Companhia Paranaense de Energia (Copel) disponibilizará sua malha de 16 mil quilômetros de fibras ópticas para oferecer banda larga popular no Paraná, iniciativa que tornará viável a implantação de redes inteligentes de distribuição de energia (smart grids) no estado, anunciou o presidente da Copel, Ronald Ravedutti.
"A rede de fibras ópticas da Copel nos permitirá implantar uma série de projetos de alta tecnologia no sistema elétrico estadual nos próximos anos, tornando realidade no Brasil um modelo de operação das redes de energia já presente em alguns países europeus", afirmou Vlademir Santo Daleffe, diretor de distribuição da Copel.
Os smart grids consistem no controle de várias etapas do fornecimento de energia, permitindo aos usuários a medição à distância da energia consumida, a tarifação diferenciada ao longo do dia e a venda para sistema elétrico da energia gerada pelos próprios consumidores, entre outras vantagens que refletem na qualidade e no custo da energia fornecida.
Um pré-requisito para as smart grids é a existência de uma rede de comunicação de alta velocidade para troca de informações em tempo real entre os centros de controle da distribuição, os equipamentos da rede elétrica e os pontos de consumo. Segundo a companhia, a disponibilização dos 16 mil quilômetros de fibras óticas por todo o estado cumprirá esse pré-requisito.
Tecnologias de Medição e Controle
As novas tecnologias de distribuição e seu comportamento na rede elétrica serão testadas em um campo de provas em Fazenda Rio Grande, município da Região Metropolitana de Curitiba, onde serão realizados testes integrados de tecnologias pesquisadas tanto pela Copel quanto por seus fornecedores, para avaliar o desempenho da rede inteligente de distribuição nas cidades.
"Até o final de 2010, pelo menos uma dezena de projetos será testada no local", informa o diretor de geração e transmissão de energia e de telecomunicações da Copel, Raul Munhoz Neto.
A Cemig já tem um projeto de rede inteligentes experimental em Sete Lagoas/MG. Distribuidoras fluminenses também já estão instalando medidores digitais.
Banda Larga Popular
Em contrapartida ao menor custo de conexão, os provedores locais deverão oferecer o acesso à internet banda larga aos cidadãos de sua área de cobertura a preços a partir de R$ 15.
"A viabilização deste plano só é possível porque boa parte da infraestrutura de rede já existe por meio da Copel", afirma Ravedutti.
"No Brasil, não há outro estado com condições tão favoráveis para a implantação de um programa de universalização do serviço de banda larga ao cidadão, a instituições e a empresas, o que certamente se constituirá num diferencial competitivo insuperável para o desenvolvimento do Paraná".
O Plano Estadual de Banda Larga também abre condição financeira às administrações municipais para implantarem as chamadas "cidades digitais", que leva aos cidadãos a infraestrutura de serviços para acesso público a partir das novas tecnologias e redes telemáticas.
Fonte: PROCEL INFO / Revista Sustentabilidade - 15.07.2010
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