Empresas levarão ao governo projeto de migração para o smart grid

Até o fim de novembro, o setor de energia e as empresas detentoras de infraestrutura de telecomunicações apresentam ao governo um projeto de modernização das redes em um esforço que deverá ser casado com a iniciativa, iniciada no ano passado pelo Ministério de Minas e Energia, de elaboração de uma política pública para a implantação do smart grid no Brasil.

“Esse estudo reúne 37 empresas, entre geradoras e distribuidoras, para a integração de TI, telecomunicações e as redes elétricas, integração dos serviços urbanos e compartilhamento de infraestrutura”, resume o presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia (Abradee), Nelson Fonseca Leite.

O projeto deverá contemplar pelo menos três cenários, com nenhuma, alguma ou grande participação estatal, e até aqui evita-se antecipar o custo da implantação das redes inteligentes no país - de forma que ainda é cedo para se avaliar se a projeção inicial da Abradee, que chegou a calcular a necessidade de investimentos de US$ 20 bilhões, será mantida.

Até porque o setor elétrico parece bastante inclinado a expandir-se para além das fronteiras dos serviços diretamente ligados à energia. Tanto é assim, que a própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) segurou a regulamentação sobre os novos medidores inteligentes.

“Teremos uma ferramenta que poderá ter inúmeras aplicações, então, é melhor esperarmos um pouco antes de defini-la”, reconhece o presidente da Associação de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações (APTEL), Pedro Jatobá.

Ele admite que o governo e a Aneelsinalizaram com mudanças nas regras do setor elétrico de maneira a incentivar os investimentos. Em especial, aquelas que obrigam a reversão dos aportes em ganhos tarifários para os consumidores.

A ideia de modificar o sistema voltado à modicidade tarifária - pelo qual 90% dos ganhos de atividades externas à concessão sejam transferido aos preços - já surgira durante as discussões do Fórum Brasil Conectado, que discutia o Plano Nacional de Banda Larga. Ganhou novo reforço com o smart grid.

Fonte: Convergência Digital

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