Empresa cria equipamentos que reduzem consumo energético nas casas

A empresa mineira Neocontrol, há nove anos, desenvolve equipamentos modernos que colaboram para a economia de energia elétrica nas residências. O serviço mostra que é possível ser sustentável sem deixar o conforto de lado.

O empreendimento começou a fazer sucesso quando o empresário Gabriel Peixoto desenvolveu um sistema baseado na ethernet, um tipo de tecnologia similar à internet. Através desse aparelho ele integrou alguns serviços da casa, como iluminação, home theaters, irrigação de jardins e ar-condicionado. O sistema fazia tudo isso usando redes locais, cabeamento, sensores e dimmers.

Mesmo com este projeto bacana, Peixoto quis inovar mais. Foi então que decidiu trabalhar com o conceito da sustentabilidade. Dos nove anos de existência da empresa, os três últimos foram dedicados a quem se preocupa em ter imóveis ecologicamente corretos.

O empresário afirma que com R$ 300 o cliente já pode instalar um kit na residência, que diminui o consumo de água de 40% a 80%. Outra possibilidade é economizar energia elétrica com cortinas automáticas que aproveitam melhor a incidência da iluminação natural. Elas têm um sistema que as fecha quando o sol estiver muito intenso, evitando um aquecimento interno que faria o morador ligar o ar-condicionado.

A empresa também trabalha com um monitoramento que regula as funções de um conjunto de aparelhos de áudio e vídeo. Desativando, por exemplo, a função stand by que consome muita energia desnecessariamente. Há também um equipamento que faz ajustes automáticos da intensidade das luzes artificiais, um benefício até para a vida útil das lâmpadas.

Um software integra diversos sistemas instalados, como ar-condicionado, cortinas, vidros, áudio e vídeo. Como uma espécie de controle remoto, este equipamento gerencia e aciona os recursos disponíveis na casa. De acordo com o perfil do morador, a economia de energia pode variar de 30% a 60%.

A empresa de Belo Horizonte, Minas Gerais, tem quase 200 representantes comerciais pelo Brasil, além de um escritório próprio em São Paulo. De acordo com Peixoto, a demanda da empresa cresceu 300% desde 2008 e deve fechar uma receita de R$ 2,8 milhões neste ano.

Fonte: Exame