Saiba como economizar com o ar-condicionado

O verão é sinônimo de céu azul e muito calor. Mas o “maçarico” que parece ligado durante grande parte dos dias tem preço alto. A elevação da temperatura, que não raramente beira os 40º C, impulsiona em larga escala o uso de ar-condicionado e resulta em aumento significativo nos valores das contas de luz – geralmente o dobro. Comparado a outros eletrodomésticos, os aparelhos que driblam aquele calorão abafado e confortam os sonos representam cerca de 45% do consumo de energia nesta época do ano.

Balanços divulgados anualmente pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) indicam que em junho, mês que se divide entre outono e inverno, a energia gerada nas regiões Sudeste e Centro-Oeste é de aproximadamente 32.000 megawatts. Em fevereiro, no auge da estação do sol, a geração de energia supera os 37.000 megawatts. O aumento de aproximadamente 17% seria suficiente para abastecer por 30 dias uma cidade com pelo menos 6,5 milhões de habitantes, como o próprio Rio.

Embora os números chamem a atenção, o entendimento se torna mais simples quando tratamos de valores absolutos. Ou seja, de quanto tudo isso pesa no bolso. Procurada pelo R7, a Light se recusou a divulgar dados sobre consumo, mas não teve como esconder as tarifas que chegam salgadas e pesam nas caixas de correio de seus mais de dois milhões de clientes na capital fluminense.

Com três aparelhos de ar-condicionado no apartamento onde vive com o marido e dois filhos, a dona de casa Marinete Grippa Moraes, moradora da Ilha do Governador (zona norte  do Rio de Janeiro), quase triplicou o consumo no verão. Em outubro de 2011, por exemplo, a conta marcava R$ 111,79. Em fevereiro de 2012, chegou a R$ 323,50.

"Não tem jeito. Com esse calor que tem feito é impossível dormir sem ar-condicionado. Apesar de a diferença ser grande no fim do mês, acaba se tornando necessário".

Da Ilha para Jacarepaguá (zona oeste) a situação não muda muito. A bióloga Lilian Cacella, que também tem três aparelhos em casa, viu sua conta mais que dobrar no verão.

"Geralmente, pagamos R$ 200, mas entre dezembro e fevereiro a conta vem em torno de menos R$ 450. Ligo pelo menos um aparelho todas as noites no verão. O valor aumenta, mas é um luxo que a gente merece ter. Jacarepaguá é muito quente e não dá para dormir com calor e com mosquitos. Nos finais de semana, meus filhos vêm para casa e ligo dois aparelhos por noite. É caro, mas vale a pena.

O aposentado João Guilherme Mendes, que mora sozinho em Copacabana (zona sul), pagou R$ 78 pela conta de novembro. Em janeiro, o sono da tarde - logo após o almoço - e a garantia de ar fresco à noite o fizeram desembolsar R$ 172.

"Eu não gosto de ar-condicionado, mas não tem como não usar. Esse verão está quente e abafado demais. Ligo na soneca da tarde, logo após o almoço, por umas duas horas. E depois na hora que vou dormir, lá pela meia-noite. É bom que espanta os mosquitos que aparecem nessa época do ano".

Veja algumas dicas para economizar energia

Para evitar surpresas no fim do mês e economizar grana é importante tomar alguns cuidados no dia a dia. Por exemplo, manter portas e janelas fechadas, limpar o filtro, não bloquear a grade de ventilação e não expor sua parte externa ao sol são ações que ajudam a diminuir o consumo do ar condicionado.

Outros cuidados devem ser tomados com o chuveiro elétrico, segundo na escala de gasto de energia, atingindo a marca de 29% dentre os eletrodomésticos – só é superado pelo-ar condicionado. Evitar banhos prolongados entre as 18h e 21h e usar na posição verão pode ajudar a reduzir em 30% o total consumido.

A geladeira não chama muito a atenção, mas pode mexer na conta de luz. Dicas importantes são mantê-la longe da parede e do fogão, não usá-la para guardar alimentos quentes, evitar colocar roupa para secar próximo ao motor, manter a borracha da porta em bom estado e descongelá-la regularmente.

A troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes também é uma dica importante para redução de consumo de energia, ajudando a economizar até 30%. É indicado ainda optar por paredes claras, que refletem a luz e, assim, facilitam a incidência da luminosidade das janelas, por exemplo.

Fonte: Correio Press

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