Radar meteorológico da Cemig está pronto para o período chuvoso

Localizado a 1.271 metros de altitude, no Morro do Elefante, no município de Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o radar meteorológico tem duas áreas de cobertura. A primeira, de 250 quilômetros, alcança a Região Metropolitana, Região da Zona da Mata, Região do Rio Doce (até Ipatinga) e boa parte da Região Sul de Minas Gerais.
Neste raio, o radar consegue identificar a intensidade da chuva que se aproximar, inclusive se é uma chuva fraca ou mais forte , com queda de granizo. Também consegue medir a velocidade dos ventos.
O equipamento atua ainda em um raio maior, entre 250 e 450 quilômetros, cobrindo cerca de 70% do Estado. Neste raio, o radar não tem a precisão de identificar que tipo de fenômeno está ocorrendo e se aproximando, mas já consegue apontar que, por exemplo, uma frente fria está vindo, sem maiores detalhes.
A escolha pela localização de Mateus Leme é estratégica, de acordo com o meteorologista da Cemig, (Companhia Energética de Minas Gerais), Arthur Chaves. %u201CPrimeiramente, para podermos alcançar a maior parte de Minas Gerais, pois boa parte da população está nas localidades cobertas pelo radar. Além disso, nessa área de cobertura, nós damos apoio para emissão de alertas nas Regiões do Rio Doce, Região Sul, Região da Zona da Mata e Região Metropolitana, pois boa parte das tempestades em Minas ocorrem nestas regiões. E aqui em Mateus Leme, não tem tantas serras ao redor, o que dificultaria a propagação dos alertas do radar%u201D.
Arthur também revela que a Cemig não pretende instalar outros radares, principalmente nas regiões não cobertas por ele (Regiões Norte, Noroeste, Nordeste e parte do Triângulo Mineiro), mas o Governo de Minas está mapeando outras regiões para novos radares no futuro, para que o percentual de cobertura (cerca de 70% de Minas Gerais) seja ampliado.
O equipamento atende a Cemig e ao Igam (Instituto Mineiro de Gestão das Águas). A cada cinco minutos, o radar faz um rastreamento e um monitoramento do tempo e da atmosfera, nesses raios (250 e 450 quilômetros). O meteorologista da Cemig interpreta os dados e informa para a mobilização da equipe. Se, por exemplo, está prevista uma tempestade em Juiz de Fora, a Cemig alerta aos funcionários da região e desloca outros técnicos da região, se necessário, para atender algum acidente na rede elétrica e minimizar os efeitos para o consumidor.
As informações também chegam para um meteorologista do Igam, que faz a leitura e emite o alerta para a Defesa Civil, que retransmite para a sociedade. Durante sete dias da semana, 24 horas por dia, sempre haverá um meteorologista de plantão para receber os dados e emitir os alertas internos pra Cemig e para a população, via Igam.
De acordo com Arthur, o tempo que a sociedade ficará sabendo da possibilidade de formação de uma grande tempestade varia muito, entre 45 minutos e seis horas. Depende da velocidade de deslocamento da frente fria, porque cada fenômeno tem uma característica. E muitas chuvas não se deslocam, simplesmente ocorrem no local, em virtude das altas temperaturas e umidade. Portanto, uma leitura prévia, mesmo com um panorama fornecido a cada cinco minutos, pode ocasionar um alerta para a sociedade com apenas 45 minutos de antecedência.
Ao custo de R$ 10 milhões, financiados pela própria Cemig, o equipamento passa por manutenção preventiva uma vez por mês. A manutenção será intensificada a partir deste mês, ocorrendo uma vez por semana. A antena do equipamento fica dentro de uma estrutura parecida com uma grande bola de futebol. Essa estrutura propicia a propagação dos sinais de forma adequada e impede a entrada de poeira e chuva.
Neste ano, o alerta meteorológico do Igam às defesas civis estadual e municipal será feito via SMS. A licitação para contratar a empresa responsável já começou.

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