Smart grid é um caminho sem volta, diz presidente da ECOee

São Paulo - O conceito de redes inteligentes tem sido cada vez mais abordado entre as empresas do setor de energia que, aos poucos, começam a empregar algumas tecnologias em seus sistemas, além de investirem em programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para estarem preparadas quando as smart grids começarem a se consolidar no Brasil.

Apesar de concordar que ainda faltam muitos passos para as redes inteligentes encontrarem seu caminho no país, o presidente do 5º Fórum Latino-Americano de Smart Grid, presidente da ECOee, Cyro Vicente Boccuzzi, acredita que esse desenvolvimento começa a dar seus primeiros sinais por aqui. “As tecnologias estão se atualizando mundialmente e teremos que seguir essa tendência”, comentou.

O executivo, que também é membro sênior do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), contou ainda que dentro dos programas de compras das concessionárias, os equipamentos já chegam com as inovações das redes inteligentes. “Se você compra um equipamento, vai dar preferência para o que há de mais moderno, sendo que muitos deles já estão vindo com estes avanços tecnológicos”, disse.

Ele acredita que o desenvolvimento das redes vai ser rápido, porém precisa de metas e apoio. “É necessário que o governo priorize o segmento, estimulando a inovação tecnológica, disponibilizando linhas de crédito e incentivando o desenvolvimento da indústria”, analisa Bocuzzi, que considera que já houve um progresso com as novas regulamentações aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Bocuzzi se refere à aprovação da microgeração e a minigeração de energia, onde a ideia é viabilizar a instalação, pelos consumidores, de painéis solares ou microturbinas para gerar sua própria energia, além uma resolução que estabelece que os clientes poderão optar também pela chamada "tarifa branca", sendo que para ambos os caso, será necessária instalação de medidores inteligentes.

Competitividade

A ideia é de que de um lado as redes inteligentes tragam benefícios às empresas com a redução das perdas e, de outros, os consumidores possam controlar seu consumo de energia, passando a usar o insumo em horários que o preço for melhor, pagando menos.

“Vai haver uma mudança total no cenário, onde as empresas terão que desenvolver produtos para atuar em um mercado mais competitivo “, ponderou o presidente do Fórum de Smart Grid ao frisar acreditar que as redes trarão benefícios para os dois lados, além de trazer maior segurança e estabilidade para a rede elétrica.

Fonte: Jornal da Energia

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário