Cemig registra economia de 0,5% com o Horário de Verão em Minas

Economia é suficiente para abastecer a cidade de Belo Horizonte
durante oito dias.

A 43ª edição do Horário de Verão termina à zero hora do próximo
domingo (16), quando os relógios das regiões Sudeste, Sul e
Centro-Oeste devem ser atrasados em uma hora.

Nos 119 dias de vigência da medida, a Companhia Energética de Minas
Gerais (Cemig) verificou, em sua área de concessão, uma redução diária
da demanda máxima de 4%, o que equivale a 340 MW, valor 6% superior ao
ano passado.

Essa energia é suficiente para atender uma demanda de ponta de uma
cidade de 750 mil habitantes, equivalente à soma das cidades de Juiz
de Fora e Sete Lagoas (MG). Além disso, com relação ao consumo de
energia, foi obtida uma economia de 0,5%, que representa 35 MWmédios
ou cerca de 100.000 MWh, durante todo o período do Horário de Verão.
Essa economia é suficiente para abastecer Belo Horizonte durante oito
dias.

De acordo com o engenheiro de planejamento do sistema elétrico Wilson
Fernandes Lage, da Cemig, o objetivo do Horário de Verão é reduzir a
demanda de energia no país, principalmente no horário de pico, que vai
das 18h às 22h. Nesse período, a iluminação pública é ativada e as
famílias retornam para casa, aumentando assim o consumo de energia
elétrica com a utilização de eletroeletrônicos, chuveiros e demais
aparelhos."Para os consumidores residenciais e comerciais, a economia
é percebida na menor utilização da iluminação artificial. Eles
poderiam ter um consumo de até 5% a mais na fatura mensal de energia,
caso não houvesse o Horário de Verão", afirma o engenheiro.

Desde 2008, por meio do Decreto 6.558, foram fixadas datas para seu
início e término: definiu-se que, todos os anos, a medida entra em
vigor sempre à zero hora do terceiro domingo de outubro e se estende
ao terceiro domingo de fevereiro. No ano em que houver coincidência
entre o domingo previsto para o término do Horário de Verão e o
Carnaval, o encerramento ocorre no fim de semana seguinte.

No Brasil

De acordo com avaliações do Operador Nacional do Sistema Elétrico
(ONS), para o Horário de Verão 2012/2013 a economia no sistema
elétrico interligado brasileiro foi de 4,5% de redução na demanda
máxima ou 2.477 MW, o que equivale à soma do dobro da carga de
Brasília, 75% da carga de Curitiba e 10% da carga de Palmas (TO). Essa
redução de demanda seria suficiente para abastecer uma cidade com
cinco milhões de habitantes no horário de ponta.

Já a redução do consumo de energia atingiu 250 MWmédios,
correspondentes a soma de 25% do consumo mensal de Brasília, 10% de
Curitiba e 2% de Palmas (TO). Essa redução foi incorporada ao
armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras,
representando uma economia de R$ 200 milhões, se calculados pelo custo
médio de geração térmica. Também nessa avaliação, o ONS divulgou como
benefícios econômicos do Horário de Verão permitir a racionalização de
investimentos em geração e/ou transmissão para o atendimento ao
aumento de carga do período de verão, evitando o investimento de
construção de usinas termelétricas a gás natural, para atender ao
horário de ponta, da ordem de US$ 1,9 bilhão.

Agência Minas

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