Hyundai formaliza interesse em construir Usina de energia limpa no Rio Grande do Sul

A assinatura de um protocolo de intenções formalizou o interesse da
subsidiária sul-coreana Hyundai Engenharia e Construção em construir
uma usina destinada a geração de energia limpa a partir do
reaproveitamento de resíduos urbanos e industriais, em Caxias do Sul.
Um primeiro encontro entre comitiva formada por diretores da companhia
asiática e representantes do governo gaúcho já havia sido realizado em
maio.
Agora, um grupo de engenheiros e técnicos da empresa intensificaram os
estudos gravimétricos, que indicarão o real poder calorífico dos
materiais descartados no parque industrial localizado na Serra gaúcha.
De acordo com Diretor da KB Bio Energia Gustavo Wisintainer, que
representa a companhia no Brasil, após o documento firmado ontem será
necessário bater o martelo sobre o local de instalação e, em seguida
estruturar a modelagem de uma futura parceria público-privada. Para
viabilizar o empreendimento, no entanto, as etapas precisam de uma
definição até o mês de outubro.
O executivo não confirma os valores, mas estimativas indicam que o
investimento seria de US$ 270 milhões. "O real nível dos investimentos
e delimitações da área dependem do avanço dos estudos. A usina vai
gerar vapor e energia. Portanto, temos que ter uma localização
adequada para que isso acontece. A secretaria do Meio Ambiente de
Caxias do Sul, nos encaminhará os pontos com potencial para abrigar a
planta. Mas não há um local específico", comenta.
Segundo Wisintainer, a capacidade de geração, que pode variar entre 10
megawatts (MW) e 70 MW, também dependerá das análises sobre o poder
calorífico dos resíduos. Neste contexto, conforme explica o executivo,
o material tem de ser separado de acordo com o grau de combustão. "Por
isso, não há uma definição de capacidade e de investimentos.
Dependemos da qualidade, do volume e do estudo gravimétrico que
indicará o poder calorífico dos materiais", resume.
Entretanto, Wisintainer destaca o potencial de Caxias do Sul. Segundo
ele, o interesse nasceu a partir da constatação de que muitas
indústrias do Rio Grande do Sul precisam enviar seus resíduos outros
estado. Outras possuem aterros sanitários próprios e, portanto, se
responsabilizam por eventuais danos ambientais e riscos associados aos
terrenos. "Uma usina do porte da que planejamos acabaria com esse
problema e se alimentaria desta demanda. Atualmente, não adinta só
utilizar o gás do gás do aterro sanitário para gerar energia, se não
se consegue eliminar, de uma vez por todas, o problema dos resíduos",
explica.
O secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio
Branco, por sal vez, revela que a energia gerada poderá ser utilizada
para capitalizar o empreendimento ou abrir outras alternativas que
envolvam a venda no mercado livre. Segundo ele, apesar do curto prazo,
existe uma estimativa de regionalizar o projeto para contemplar outros
municípios.
"O projeto pode ser regional. Na quinta-feira (hoje), uma equipe
técnica irá a Caxias para avançar no detalhamento dos estudos para
encontrar este denominador que dê condições financeiras para essa
instalação. Existe o interesse e a necessidade que se resolvam essa
etapas até o final de outubro. Esse é o cronograma que está sendo
trabalhado", afirma.
Branco ainda avalia que as negociações aproximam ainda mais a Hyundai
do governo gaúcho. Isso porque o grupo já possui uma fábrica de
elevadores em São Leopoldo. Inaugurada em 2014, a planta possui
capacidade instalada para a produção de 3 mil unidades ao ano.

Grupo demonstra interesse em parcerias para investimentos em infraestrutura
A subsidiária sul-coreana Hyundai Engenharia e Construção já havia
sinalizado o interesse em participar do projeto que envolve a
construção do aeroporto de Vila Oliva, também em Caxias do Sul. De
acordo com Diretor da KB Bio Energia Gustavo Wisintainer, o assunto
voltou à pauta, durante a reunião de ontem.
"Reafirmamos o nosso interesse. Ficou acertado que nos entregarão um
estudo de viabilidade econômica sobre a implantação do e o entorno do
Aeroporto de Vila Oliva em Caxias do Sul. Seria um aeroporto
internacional destinado à cargas e passageiros. É uma regiaão de
turismo e transporte de cargas. Trata-se de um empreendimento da mais
alta importância para o Estado. Agora, se analisará com propriedade a
viabilidade para esse projeto", afirma.
Segundo, Wisintainer, o governo gaúcho se demonstrou favorável em
contar com um parceiro comercial para a instituição de futuras
parceria público-privadas (PPP). Além disso, a empresa estaria aberta
à oportunidades de investimentos em infraestrutura e para a execução
de obras no Estado. "Tratamos sobre outros investimentos de
infraestrutura em projetos de grande porte, mas que ainda são bastante
incipientes", avalia.
Fonte: Jornal do Comércio - RS

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