São Paulo vai trocar toda a iluminação pública por lâmpadas de LED em cinco anos

Recentemente liberada pelo Tribunal de Contas do Município, a
licitação para modernizar a iluminação pública de São Paulo deve ser
concluída em breve: a abertura das propostas está marcada para o
primeiro mês de 2016.
Trata-se de uma vultosa parceria público-privada que, em cinco anos,
implementará em todas as 618 mil luminárias da cidade a tecnologia LED
– que consome e polui menos e aumenta a sensação de segurança em
relação às lâmpadas de vapor de sódio.
"A iluminação é um tema fundamental, e dialoga muito com o desejo do
prefeito Fernando Haddad (PT) de que haja maior uso da cidade e dos
espaços públicos, sem medo", afirma à Folha o secretário municipal de
Serviços, Simão Pedro.
A modernização proposta não se restringe apenas à troca da tecnologia
nos postes. Será obrigatório instalar um sistema de telegestão, que
permite o controle à distância e em tempo real da operação de toda a
rede.
"Com isso, estamos trazendo a iluminação para o século 21", diz
Luciano Rosito, gerente de desenvolvimento de negócios da Philips, uma
das interessadas em celebrar o contrato de R$ 7 bilhões.
"Não tem sentido que a prefeitura precise esperar o cidadão ligar para
informar que a lâmpada apagou, para então levar um dia para
restabelecer o serviço", diz o secretário de Serviços.
Rodrigo Martins, presidente da GE Lighting para a América Latina,
outra multinacional que examina o edital, destaca que a nova
tecnologia deixa São Paulo pronta para se transformar no que
urbanistas chamam de cidade inteligente –automatizando a gestão de
serviços.
"Instalando luminárias com LED e sistema de telegestão, é como se
concluíssemos a fundação de uma obra. Dali em diante, o terreno estará
pronto para receber mais andares", compara Martins. A empresa já
oferece tecnologias como a detecção de tiros e monitoramento de
tráfego a partir dos pontos de luz.
Conforme o edital, será possível explorar tais serviços – que dependem
de acordos com outros órgãos públicos–, e as receitas serão divididas
com a prefeitura.
Esse passo, todavia, fica para o futuro: "A licitação responde a
objetivos mais imediatos, como segurança urbana e economia de
energia", diz Simão Pedro.
Fonte: Folha Online

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