Como montar um computador que não gaste muita energia

Para economizar energia, é possível montar um computador com foco na
eficiência, garantindo que a máquina reduza o consumo e evite, ao
máximo, o desperdício. O caminho para isso passa pelo conhecimento de
algumas especificações. Nessas dicas, veja como comprar um computador
mais econômico.
Vale lembrar que diminuir o consumo de energia também reduz o calor
produzido pela máquina, alterando a necessidade de ventiladores em
rotação máxima o tempo todo, ou seja, menos ruído no PC.
É importante destacar que as dicas estarão centradas em componentes
que fazem mais diferença no consumo: fonte, placa-mãe, SSD,
processador e placa de vídeo. Evidentemente que outros elementos, como
memórias, monitores, gabinete e periféricos também fazem diferença.

Fonte de energia
A fonte é a porta de entrada da eletricidade no sistema. Em termos de
economia, a melhor fonte é aquela que tem maior nível de eficiência.
Atualmente, modelos de melhor qualidade podem chegar a taxas de até
90%, o que significa que 10% da energia recebida não é convertida pelo
componente, sendo desperdiçada.
Em todo caso, e os 10% de eletricidade perdidos? Má notícia? Nem
tanto. Fontes de energia mais simples, de menor qualidade, atingem
registros de eficiência na casa dos 70%, ou até menos.
Como é difícil encontrar super fontes de 90% de eficiência no Brasil,
é possível ir por um caminho intermediário, optando por produtos de
boa qualidade presentes no mercado nacional. Há fontes da Corsair,
Thermaltake e EVGA, além de outros fabricantes conhecidos, que chegam
a 80% de eficiência.
Em relação à potência da fonte, o que vai determinar a quantidade são
os demais componentes do computador. Aqui você pode descobrir como
calcular isso.
O preço depende da potência, e não da eficiência. Uma opção bastante
sólida, e que vai permitir upgrades posteriores, é a Corsair CX 500,
de 500 watts e mais de 80% de eficiência, segundo o fabricante.
A Corsair CX 500 está disponível pelo preço médio de R$ 480. Assim, na
hora de escolher uma fonte de energia para o seu perfil mais
econômico, você terá que gastar mais em um modelo mais avançado.

Componentes de baixo consumo
Depois que a fonte foi definida, é hora de começar a escolher as peças
que compõe o computador sob o ponto de vista da economia.

Placa-mãe
Placas-mãe com melhores componentes eletrônicos, como capacitores e
soldas, costumam custar pequenas fortunas e o potencial de economia de
energia obtido por essas vantagens é difícil de ser medido. Para
reduzir o tamanho do PC e melhorar o conforto acústico, uma ideia
interessante é usar o formato mini-ITX, com placas menores.
O problema é que o mercado brasileiro ainda é carente de boas opções
de placas mini-ITX para processadores Skylake da Intel. As placas
desse formato que já chegaram no país são apenas modelos top de linha,
com valores mais altos.
Por conta disso, vale abrir mão do formato compacto e ir para o
tradicional ATX. Uma opção é a Gigabyte Ga-h110m-h. É preciso ter em
mente, contudo, que essa placa tem o grande defeito de não suportar
memórias DDR4.
A Gigabyte Ga-h110m-h pode ser encontrada por preços na casa dos R$
450. Assim, pode-se observar que placas-mãe top de linha custam caro
demais e a eventual economia de energia é baixa. Para poupar o bolso,
é possível escolher uma placa mais simples e de formato mini-ITX.

Processador
Os usuários que costumam usar componentes da AMD podem não gostar da
mudança, mas os processadores atuais da marca são pouco eficientes, de
modo que as APUs e os FX serão descartados do projeto, ainda que
custem menos.
Neste caso, com a Intel, é preciso estabelecer a opção de compra a
partir do valor de TDP dos processadores. TDP é uma sigla, em inglês,
para projeto de força térmica. Esse valor é sempre expresso em Watts,
uma unidade de energia.
A chave para entender esse número e sua importância é a palavra
"térmico": TDP refere-se à quantidade de energia que o processador vai
liberar, na forma de calor, à atmosfera em situações de máxima
performance. Nesse sentido, quanto mais baixo for o TDP, mais
eficiente é o processador, já que dissipa menos calor, e, em tese,
transforma mais eletricidade em dados.
Atualmente, entre os processadores Skylake da Intel, as melhores
opções estão entre os Core i3 e i5. Como o i3 não oferece turbo, o
foco cai no i5. Com versões de 65 watts, são ótimas perspectivas para
um computador eficiente. A sugestão é o Core i5 6500, um quad-core de
3.2 GHz e uma boa GPU embutida.
O processador pode ser adquirido por valores na casa dos R$ 1.100.
Caso queira escolher outro modelo, lembre-se de equilibrar eficiência,
custo e performance.

SSD
O bolso pode até reclamar, mas um SSD é muito mais econômico, do ponto
de vista elétrico, do que um disco rígido convencional. Se o
investimento em uma unidade de disco sólida cabe no seu orçamento,
vale a pena considerar a compra, já que além da economia de energia, o
dispositivo acelera consideravelmente o sistema.
Em geral, SSDs usam algo em torno de 2 watts para operar, enquanto que
os HDs podem precisar de quantidades maiores, de até 6 watts. Os
valores do dispositivo dependem da capacidade. Um modelo de 512 GB
permite uso mais folgado em um desktop, mas pode custar mais de R$
800.
Assim, não se trata de um item obrigatório em virtude da diferença de
preço, mas SSDs acabam levando uma vantagem considerável com o consumo
elétrico.

Placa de vídeo
A princípio, esqueça as placas de vídeo top de linha e mais poderosas,
afinal não são energeticamente eficientes. O ponto central da escolha
para economizar energia será, assim como no caso dos processadores, a
TDP.
Atualmente, a placa com menor dissipação e melhor performance do
mercado é a Geforce GTX 950, da NVIDIA, que dissipa 90 watts. No
degrau acima, a 960 acaba liberando 120 watts. No lado da AMD, a R7
370 é uma opção interessante com 110 watts de TDP. A Nvidia: Geforce
GTX 950 tem preço médio de R$ 1.000.
Fonte: Tech Tudo

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