Pipas deixam cerca de 280 mil consumidores sem energia em Minas

Além disso, levantamento da Cemig aponta que, nos últimos dois anos, foram registrados em todo Estado um acidente com vítima fatal e outros três com ferimentos graves decorrentes da utilização do cerol

Que a brincadeira de soltar pipas, utilizando cerol - mistura cortante feita com cola, vidro e restos de materiais condutores - na linha, pode causar acidentes para a população, não é novidade. Porém, o número de ocorrências relacionadas a interrupção no fornecimento de energia elétrica decorrentes da linha altamente cortante na rede elétrica assusta. Um levantamento da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) aponta que, só neste ano, 851 casos foram registrados, o que corresponde a 280 mil consumidores afetados.
Somente nos primeiros cinco meses do ano, na região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foram registrados 372 desligamentos provocados por pipas na rede elétrica. O uso do cerol é um dos principais causadores dos desligamentos, causando o rompimento dos cabos de energia quando entra em contato com a rede elétrica. Além disso, muitos curtos circuitos são provocados pela tentativa de retirada de papagaios presos aos cabos.
Segundo Demétrio Venicio Aguiar, engenheiro eletricista da Cemig, alguns procedimentos devem ser adotados para que não haja risco à segurança nem ocorram interrupções no fornecimento de energia com a prática da brincadeira. Entre essas  orientações estão a de empinar pipas em locais abertos e afastados da rede elétrica.
Em relação a "linha chilena", mais refinado e com materiais mais abrasivos que o cerol, a Cemig se mostra ainda mais preocupada, já que este tipo de linha pode ser adquirida pelo mercado paralelo e até mesmo pela internet.

Acidentes graves
Outro levantamento da Cemig aponta que, nos últimos dois anos, foram registrados em todo Estado um acidente com vítima fatal e outros três com ferimentos graves decorrentes da utilização do cerol.
A Companhia identificou que a maioria dos acidentes acontece quando o papagaio fica preso na rede elétrica e as crianças tentam retirá-lo utilizando materiais condutores, como pedaços de madeira ou barras metálicas.
O contato com a rede elétrica pode ser fatal, além do risco de queda em função da reação involuntária causado pelo choque elétrico. Nesses casos, as consequências mais comuns são traumatismos devido às quedas e queimaduras graves por causa dos choques.
Fonte: http://www.otempo.com.br/

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