José Roberto Borsoi*
Brasil - Se o seu data center está gastando mais energia do que o previsto, apresenta pontos de calor com climatização deficiente e está trabalhando longe da produtividade que deveria alcançar, é muito provável que tenha sido mal projetado.
Quando essas falhas são detectadas, o melhor é confiar a solução a uma empresa que seja referência no mercado em atendimento e serviço pela qualificação técnica. Uma equipe multidisciplinar bem treinada é capaz de identificar os problemas e propor as correções adequadas.
No entanto, melhor do que corrigir as falhas é evitar que elas ocorram, já que um data center mal projetado coloca em risco todas as operações de missão crítica, além de aumentar os gastos.
Listo abaixo os sete principais erros de projeto em data centers e os cuidados para evitá-los:
1. Potência
O principal erro encontrado nos ambientes de missão crítica é o dimensionamento incorreto da potência dos equipamentos. Imagine que o data center precise de 10 racks, e o conjunto consuma 100 kW. Porém, você compra equipamentos de climatização que refrigeram 130 kW. A diferença é pequena, mas representa um sobredimensionamento de 30kW, aumentando desnecessariamente os gastos com energia.
Outro exemplo: o erro de dimensionamento também pode ocorrer na conversão de unidades. Vamos supor que o ambiente de missão crítica precise de uma UPS (ou fonte de alimentação ininterrupta) de 100 kW, mas você só encontra de 100kVA. É preciso ter em mente que, na maioria dos UPSs, 100kVA equivalem a 90kW. Ou seja, seriam necessários mais 10kW para suprir uma possível queda dos racks.
2. Layout
Os equipamentos podem até estar bem dimensionados, mas se não forem dispostos na sala de forma adequada, a climatização será deficitária e gerará hotspots (ou pontos de calor), prejudicando a eficiência e diminuindo a vida útil dos equipamentos. Testar o projeto no software de CFD (Computacional Fluid Dynamics) é um excelente recurso para verificar se a climatização vai ser eficiente no layout proposto.
3. Premissa
Erros de premissa de projeto são mais comuns do que se imagina. O cliente pode supor, por exemplo, que precisa de 10 racks quando, na verdade, o data center demanda 12. Ou pode perceber, depois que o ambiente já estiver completamente implantado, que existe uma tecnologia muito mais apropriada e que pouparia espaço. Esses casos mostram que a assertividade da premissa está intimamente atrelada à expertise técnica. Se tivessem contado com o auxílio de um profissional, os clientes descobririam que sempre é bom optar por um projeto modular com capacidade de expansão (para evitar uma série de adequações) e seriam orientados sobre a melhor tecnologia para o ambiente, poupando frustrações.
4. Local
A definição sobre onde será alocado o data center tem uma grande importância, impactando diretamente na climatização, eficiência energética e no custo com equipamentos. É preciso verificar, por exemplo, se a laje suporta o peso do novo data center, se os locais escolhidos para as salas de UPS, gerador e condensadoras são os mais adequados e ter atenção à disponibilidade de fibra ótica.
5. Timing
A pressa é inimiga da perfeição também para os ambientes de missão crítica. Quando se demora a tomar a decisão de construir o data center, o deadline para entregar o ambiente se torna extremamente apertado, aumentando o risco de erro na concepção ou execução do projeto.
6. Coordenação de proteções e seletividade elétrica
Significa que o projeto do data center tem que prever que a proteção correta atue quando for necessária, minimizando as consequências da falta elétrica (uma sobrecorrente ou curto-circuito, por exemplo). Em outras palavras, o projeto do ambiente tem que determinar se a proteção será feita com disjuntores, fusíveis ou relés, considerando cálculo e dimensionamento, e quando e em que situação cada uma delas atuará.
7. Análise de TCO
Na hora de definir equipamentos, é necessário mensurar todos os custos envolvidos e projetá-los ao longo do tempo. Alguns erros relacionados a isso: comprar equipamentos baratos e não calcular o custo a mais de manutenção que vão gerar quando quebrarem várias vezes; comprar um equipamento de climatização a água e não calcular o gasto com água no longo prazo; não projetar os possíveis prejuízos decorrentes da construção de uma infraestrutura de TI sem a redundância necessária.
Por todos esses motivos, o projeto do data center é essencial para que se atinja a eficiência esperada no ambiente de missão crítica, poupando desperdício de tempo e dinheiro.
*José Roberto Borsoi é diretor de Operações na Aceco TI
Fonte: Computer World
Brasil - Se o seu data center está gastando mais energia do que o previsto, apresenta pontos de calor com climatização deficiente e está trabalhando longe da produtividade que deveria alcançar, é muito provável que tenha sido mal projetado.
Quando essas falhas são detectadas, o melhor é confiar a solução a uma empresa que seja referência no mercado em atendimento e serviço pela qualificação técnica. Uma equipe multidisciplinar bem treinada é capaz de identificar os problemas e propor as correções adequadas.
No entanto, melhor do que corrigir as falhas é evitar que elas ocorram, já que um data center mal projetado coloca em risco todas as operações de missão crítica, além de aumentar os gastos.
Listo abaixo os sete principais erros de projeto em data centers e os cuidados para evitá-los:
1. Potência
O principal erro encontrado nos ambientes de missão crítica é o dimensionamento incorreto da potência dos equipamentos. Imagine que o data center precise de 10 racks, e o conjunto consuma 100 kW. Porém, você compra equipamentos de climatização que refrigeram 130 kW. A diferença é pequena, mas representa um sobredimensionamento de 30kW, aumentando desnecessariamente os gastos com energia.
Outro exemplo: o erro de dimensionamento também pode ocorrer na conversão de unidades. Vamos supor que o ambiente de missão crítica precise de uma UPS (ou fonte de alimentação ininterrupta) de 100 kW, mas você só encontra de 100kVA. É preciso ter em mente que, na maioria dos UPSs, 100kVA equivalem a 90kW. Ou seja, seriam necessários mais 10kW para suprir uma possível queda dos racks.
2. Layout
Os equipamentos podem até estar bem dimensionados, mas se não forem dispostos na sala de forma adequada, a climatização será deficitária e gerará hotspots (ou pontos de calor), prejudicando a eficiência e diminuindo a vida útil dos equipamentos. Testar o projeto no software de CFD (Computacional Fluid Dynamics) é um excelente recurso para verificar se a climatização vai ser eficiente no layout proposto.
3. Premissa
Erros de premissa de projeto são mais comuns do que se imagina. O cliente pode supor, por exemplo, que precisa de 10 racks quando, na verdade, o data center demanda 12. Ou pode perceber, depois que o ambiente já estiver completamente implantado, que existe uma tecnologia muito mais apropriada e que pouparia espaço. Esses casos mostram que a assertividade da premissa está intimamente atrelada à expertise técnica. Se tivessem contado com o auxílio de um profissional, os clientes descobririam que sempre é bom optar por um projeto modular com capacidade de expansão (para evitar uma série de adequações) e seriam orientados sobre a melhor tecnologia para o ambiente, poupando frustrações.
4. Local
A definição sobre onde será alocado o data center tem uma grande importância, impactando diretamente na climatização, eficiência energética e no custo com equipamentos. É preciso verificar, por exemplo, se a laje suporta o peso do novo data center, se os locais escolhidos para as salas de UPS, gerador e condensadoras são os mais adequados e ter atenção à disponibilidade de fibra ótica.
5. Timing
A pressa é inimiga da perfeição também para os ambientes de missão crítica. Quando se demora a tomar a decisão de construir o data center, o deadline para entregar o ambiente se torna extremamente apertado, aumentando o risco de erro na concepção ou execução do projeto.
6. Coordenação de proteções e seletividade elétrica
Significa que o projeto do data center tem que prever que a proteção correta atue quando for necessária, minimizando as consequências da falta elétrica (uma sobrecorrente ou curto-circuito, por exemplo). Em outras palavras, o projeto do ambiente tem que determinar se a proteção será feita com disjuntores, fusíveis ou relés, considerando cálculo e dimensionamento, e quando e em que situação cada uma delas atuará.
7. Análise de TCO
Na hora de definir equipamentos, é necessário mensurar todos os custos envolvidos e projetá-los ao longo do tempo. Alguns erros relacionados a isso: comprar equipamentos baratos e não calcular o custo a mais de manutenção que vão gerar quando quebrarem várias vezes; comprar um equipamento de climatização a água e não calcular o gasto com água no longo prazo; não projetar os possíveis prejuízos decorrentes da construção de uma infraestrutura de TI sem a redundância necessária.
Por todos esses motivos, o projeto do data center é essencial para que se atinja a eficiência esperada no ambiente de missão crítica, poupando desperdício de tempo e dinheiro.
*José Roberto Borsoi é diretor de Operações na Aceco TI
Fonte: Computer World
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