CPFL e IBM se unem em rede inteligente

A rede de energia brasileira está ficando mais inteligente. Ligação, desligamento e medição remotos e despachos feitos por meio de pequenos computadores já são uma realidade para as concessionárias da área. A CPFL Energia, em parceria com a IBM, está implantado mudanças nos sistemas de medição remota, mobilidade e operação. A companhia irá investir R$ 65 milhões por ano, até 2013, para renovar seu sistema de telecomunicações.

Os projetos da concessionária vão de medição à distância no consumo dos clientes de média e longa tensão até automação de rede e mobilidade de equipes. Segundo o diretor de Engenharia e Gestão de Ativos da CPFL, Rubens Bruncek, o que tem motivado as empresas a investirem em redes inteligentes no país é a busca por minimizar as perdas por furtos e o aumento da eficiência operacional. "Nos encaixamos  no segundo bloco e estamos fazendo uma renovação na nossa malha de comunicação em São Paulo." Segundo o diretor da CPFL, hoje já é viável instalar medidores inteligentes em clientes de  média e longa tensão e fazer a conexão até os centros de medição da companhia onde é feita  uma leitura diária. O projeto está sendo iniciado agora e a previsão é a de que toda essa categoria, que abrange indústria e grande comércio e conta com 25 mil clientes, seja atendida dentro de dois anos.

As interrupções no fornecimento de energia para resolver algum problema também devem diminuir. Ao invés de um eletricista se dirigir até o local um computador analisa a rede, desliga a chave e isola o defeito em menos de um minuto.

 

Fórum de discussão

A CPFL vai apresentar estas e outras inovações hoje no evento da Global Intelligent Utility Network Coalition (GIUNC), realizado pela primeira vez no Brasil. Empresários e representantes do governo estarão reunidos em Campinas (SP) para discutir o modelo de smart grid possível para o Brasil e demonstrar casos de sucesso.

A IBM começou a trabalhar com redes inteligentes no fim  dos anos 90 e hoje tem mais 150 projetos como o da CPFL no mundo todo, de acordo com Guido Bartels, líder global da IBM para a área de energia e responsável pela Global Intelligent Utility Network  Coalition (GIUNC), coalizão  global de redes inteligentes liderada pela empresa.

Um dos exemplos mundiais mais bem-sucedidos citados pelo executivo é o da República de Malta, país europeu com cerca de 400 mil habitantes que tem 250 mil medidores inteligentes em uso. Segundo Bartels, Malta está perto de ser o primeiro "país inteligente", com todo o sistema de água e eletricidade digitalizado.

O projeto para substituir os 250 mil leitores analógicos custou cerca de 70 milhões e permite à empresa de eletricidade de Malta, a Enemalta, monitorar o uso de eletricidade em tempo real e estabelecer índices variáveis que recompensem os clientes que reduzirem seu consumo de energia, por exemplo.

"No Brasil, queremos ajudar a acelerar a implementação de  projetos como os da CPFL". Hoje, a IBM afirma estar envolvida em sete dos onze maiores projetos mundiais de medição inteligente de energia.

Fonte: Brasil Econômico

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