Iluminação pública eficiente torna cidades brasileiras mais sustentáveis

Dos 15 milhões de pontos de iluminação pública instalados no Brasil, mais de 60% (9,5 milhões) precisam ser renovados, segundo dados da Eletrobras. Em outros três milhões de pontos, a instalação precisa ser refeita. Especialistas concordam que os desafios do setor não são pequenos, mas podem ser vistos como uma grande oportunidade de adotar tecnologias mais avançadas e eficientes, contribuindo para o crescimento sustentável das cidades brasileiras. Essa tendência conta com um número crescente de adeptos do setor público e privado e tem sido estimulada pelo surgimento de soluções como o LED, cada vez mais disseminado no mercado nacional.

A evolução das tecnologias de iluminação já deu origem a diversos outros tipos de soluções mais eficientes e duradouras do que a tradicional incandescente, passando pela halógena e fluorescente, até chegar ao LED. As vias e espaços públicos, que utilizam amplamente a iluminação para melhoria da visibilidade, quesito básico para segurança, locomoção e conforto dos usuários, estão entre os grandes beneficiados por essa evolução. A redução no consumo de energia elétrica e a extensa vida útil dos sistemas de iluminação avançados geram uma relação custo-benefício favoráveis aos recursos públicos.

“O custo dos LEDs e dos produtos que os aplicam ainda é uma barreira a ser superada, mas acreditamos que diminuirá rapidamente num futuro próximo. Os grandes eventos que estão ocorrendo e virão a acontecer no país nos próximos anos, sem dúvida, alavancarão a utilização dos LEDs”, explica Isac Roizenblatt, diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux). “O trabalho da Abilux busca, entre outros objetivos, motivar o setor público a utilizar novas tecnologias como os LEDs. Para isso, estamos trabalhando em normas técnicas, apoiando os trabalhos e iniciativas da Eletrobras Procel e do Inmetro e participando de inúmeros eventos”, afirma.

Para atender à demanda mundial por tecnologias eficientes, em 2012, a GE Iluminação dedicou 94% dos seus investimentos globais em pesquisa para o desenvolvimento de produtos sustentáveis – entre eles a tecnologia LED. A companhia estima que até 2020 mais de 50% de seu faturamento será proveniente de projetos ligados à tecnologia LED. O papel da iluminação no desenvolvimento das cidades é um dos temas debatidos em evento promovido hoje pela GE em São Paulo, com a participação no painel “Iluminação Eficiente: cidades + sustentáveis” de empresas e entidades como IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo), Luz Urbana Engenharia, Abiesv (Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo) e Abilux.

“O mercado de iluminação tem hoje o Brasil como foco, diante das oportunidades para a melhoria da infraestrutura em função da realização de grandes eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. A adoção de soluções eficientes e mais sustentáveis, com destaque para o LED, tem sido um critério prioritário na escolha dos equipamentos de iluminação, o que é amplamente favorável para o desenvolvimento que o País almeja ter nos próximos anos”, afirma Alexandre Ferrari, gerente geral da GE Iluminação no Brasil.

LED já é realidade. Alguns projetos envolvendo a utilização de sistemas com tecnologia LED podem servir de referência para a iluminação de ruas, avenidas, prédios públicos e parques. Em 2012, a cidade de Florianópolis instalou 366 luminárias LED na ciclovia da Avenida Beira Mar Norte como parte do programa de comemoração do 286º aniversário da cidade. O projeto trouxe uma economia no consumo de energia de 50%, quando comparada à iluminação anterior, com lâmpadas de vapor metálico.

Em dezembro de 2011, foram instaladas na ciclovia da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, 540 luminárias LED de 90 watts. Elas substituíram antigos pontos de luz de vapor de sódio de 150 watts. Este projeto trouxe mais beleza e segurança ao longo dos 7,5 quilômetros de ciclovia da Lagoa, que será a sede das provas de remo nos Jogos Olímpicos de 2016. Já na Rua Avanhandava, no centro de São Paulo, a instalação de luminárias LED em 2010 gerou uma economia de até 46% no consumo de energia elétrica.

A iluminação LED em postes, luminárias e semáforos pode proporcionar uma economia de até 80% no consumo de energia em relação a soluções tradicionais, como as lâmpadas incandescentes. Já a longa vida útil, acima de 11 anos (50 mil horas, considerando 12 horas de uso diário), reduz a frequência e os custos de troca e manutenção, o que ajuda a diminuir os gastos públicos. A menor recorrência de trocas de postes e semáforos também gera menos interrupções no fluxo do trânsito.

Fonte: Portal Fator Brasil

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