Incidência de raios na Zona da Mata e Vertentes pode danificar aparelhos

De janeiro a agosto foram quase 1.500 pedidos de consertos de aparelhos.
Professor da UFJF diz que há como evitar prejuízos.

Os raios causam diversos tipos de problemas, entre eles, os danos aos
aparelhos domésticos. De acordo com a Companhia Energética de Minas
Gerais (Cemig), nas regiões da Zona da Mata e Campo das Vertentes, de
janeiro a agosto deste ano foram quase 1.500 pedidos de consertos de
aparelhos, sendo que a maioria pela variação na tensão.
Depois de uma tempestade, o aparelho de som do autônomo José Geraldo
Valentin queimou. Segundo ele, o equipamento novo parou de funcionar
depois de uma variação da tensão na casa dele. Em seguida, os
problemas começaram. Procurou a Cemig, levou o aparelho para uma
assistência técnica e conseguiu um laudo comprovando o dano. Porém,
após um ano da reclamação, nada foi feito ainda. "Eu queria que a
Cemig revisse a situação e me ressarcisse desse som, já que eu tenho o
laudo que confirma que foi por causa de um pico de energia elétrica",
reclamou. Entretanto, a Cemig informou que o laudo da assistência
técnica não comprova que o dano no aparelho foi causado por
curto-circuito na rede.
Ainda de acordo com a companhia, dos aparelhos queimados, seis em cada
dez pedidos são considerados procedentes em uma primeira avaliação. A
maioria é liberada para orçamento, reparo ou troca. Uma parte acaba
com o pedido negado por falta de documentação. "A regulamentação prevê
até 90 dias para reclamar após a ocorrência. No entanto, quanto mais
rápido a pessoa reclamar, melhor, já que existe um prazo para apurar a
causa. A partir do registro, a Cemig tem 15 dias para dar uma
resposta, sendo que nos dez primeiros dias ela pode enviar um técnico
ao local para fazer uma apuração de responsabilidade", explicou o
técnico da Cemig, Marcelo Esch.
O telefone da Cemig para registrar reclamações de danos é o 116.

Direitos do Consumidor
Segundo o advogado Leandro Bissoli, em caso de aparelhos queimados, o
consumidor primeiro deve procurar a concessionária de energia
elétrica. "Uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) garante à concessionária o direito de que o consumidor a
procure primeiramente, exponha o problema e ela tenha a oportunidade
de se posicionar", explicou.
Ainda de acordo com ele, o consumidor não deve levar o aparelho para
uma assistência técnica antes de procurar a companhia. "Se o aparelho
for adulterado, pode ser que a negativa de resposta seja em
decorrência de alguém ter mexido no aparelho, o que seria lícito por
parte da agência distribuidora", acrescentou.

Prevenção
Segundo o professor do curso de engenharia elétrica da Universidade
Federal de Juiz de Fora (UFJF), Paschoal Tonelli, há como evitar
prejuízos. "Todo equipamento eletrônico sensível deve ser conectado à
rede de energia através de um estabilizador de tensão, de preferência
com filtro de linha incorporado. Isso já é uma proteção para o
equipamento. Além disso, no próprio quadro de energia deve estar
instalado ainda um para-raio de baixa tensão", disse.
Outra preocupação é quanto aos telefones sem fio. "Aparelhos sem fio
podem ser utilizados. A questão é a ligação física através de um
condutor, este é que é o problema", comentou.
Fonte: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/

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