Minas Gerais - Os representantes da Centrais de Abastecimento de Minas
Gerais (Ceasa Minas), unidade Contagem, na Região Metropolitana de
Belo Horizonte (RMBH), estão em busca de parcerias junto à iniciativa
privada para desenvolver um projeto de geração de energia solar na
unidade. O objetivo é viabilizar recursos para que sejam instaladas
placas fotovoltaicas nos 220 mil metros quadrados disponíveis de
telhado na unidade. A estimativa é de uma produção de 20 Megawatts de
energia por hora (MWh), gerando 17 MWh excedente ao consumo da
unidade, que poderiam ser comercializadas no mercado livre de energia.
De acordo com o presidente da Ceasa Minas, Gustavo Alberto França
Fonseca, o projeto ainda é embrionário, mas as expectativas são
positivas, principalmente pela possibilidade de produzir energia limpa
e reduzir os custos para os concessionários do entreposto.
"A tendência mundial é investir em energia limpa e a Ceasa Minas tem
grande potencial para isso, já que a estimativa é que a área de
telhado da unidade de Contagem seja um dos maiores de Minas Gerais.
Além de gerar receita com a comercialização da energia excedente com
as empresas no entorno da unidade, os concessionários seriam muito
beneficiados, já que são os grandes consumidores de energia e poderiam
reduzir os custos com a energia limpa", avalia Fonseca.
A área total do telhado da Ceasa Minas é de 230 mil metros quadrados,
com espaço útil para a instalação das placas de 220 mil metros
quadrados, já que é necessário reservar entre 10% e 15% do espaço
total para manutenção. A estimativa é que a cada 10 mil metros
quadrados de telhado seja produzido 1 Megawatt de energia por hora. O
consumo de energia da unidade varia entre 2,5 Megawatts a 3 Megawatts
por hora dependendo da época.
Ainda segundo Fonseca, a expectativa é que o ministro de Ciência,
Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, dê um parecer sobre o projeto
até o final do mês. "Na última semana levamos o projeto para o
ministro e também para o vice-presidente da República, Michel Temer,
que se mostraram favoráveis à ideia".
Apoio -O objetivo de Fonseca é buscar apoio junto à iniciativa privada
para colocar em prática o projeto. A princípio, a entidade está em
negociação junto ao MCTI e em busca de projetos prontos e
desenvolvidos pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para
servir de molde, identificar possíveis investidores e as linhas de
financiamento e recursos disponíveis.
"São investimentos altos e, por isso, precisamos da iniciativa
privada. Queremos identificar as empresas investidoras para
desenvolver o projeto. Se conseguirmos colocar o plano em prática vai
gerar uma repercussão nacional", avalia.
Na contramão do mundo, no Brasil os aportes em energia renovável estão
menores. Em 2015, foram investidos US$ 7,5 bilhões em projetos de
renovação do sistema com esse perfil de fonte, retração de 10% frente
a 2014.
Fonte: Diário do Comércio
Nenhum comentário:
Postar um comentário