Brasil lidera Smart Grid

O Brasil é o país mais avançado da América do Sul na implantação de projetos de smart grid, segundo a IBM. A empresa de TI desenvolve vários negócios com concessionárias locais nesse segmento e planeja expandir a atuação no continente a partir da evolução atingida no mercado nacional, informa o diretor área de Utilities, Newton Tanaka. “O nível de maturidade tem crescido e está num estágio um pouco anterior ao de Europa, EUA e Ásia”.

O executivo explica que, embora uma parte significativa de investimentos ainda dependa de regulamentação do governo, caso da padronização dos medidores inteligentes, diversas empresas tem se adiantado nas iniciativas. Isso porque as despesas serão cobertas por ganhos de eficiência operacional e redução de perdas, sejam comerciais ou técnicas, sem depender de retorno tarifário.

Com exceção da CPFL Energia, cujo projeto foi divulgado recentemente, Tanaka não revela nomes de companhias com as quais a IBM negocia contratos, mas se diz otimista com o ritmo do mercado nacional, mesmo considerando as características diferenciadas dos sistemas de distribuição de energia.

O trabalho da IBM com os clientes envolve principalmente consultoria no desenvolvimento de sistemas, incluindo seleção de fornecedores de equipamentos, além da definição da estrutura de telecomunicação por onde trafegam os dados, compatibilizando tecnologias diversas. A equipe local conta com suporte do centro de competência em Smart Grid localizado nos EUA.

O diretor de Utilities da IBM acredita que o projeto iniciado na CPFL Energia deverá incentivar outras concessionárias a partir para trabalhos semelhantes. Orçado em cerca de R$ 215 milhões que serão desembolsados ao longo de três anos, o projeto da holding paulista envolve três etapas incluindo telemedição de clientes do grupo A, mobilidade de equipes em campo e automação de chaves.

Desde 2009 a CPFL faz parte da Global Intelligent Utility Network Coalition (Giunc), grupo internacional de empresas de energia criada pela IBM e que representa 150 milhões de consumidores.

Fonte: Energia Hoje - 04.07.2011

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