Enel Brasil lança primeira aceleradora de energia da América Latina

Objetivo é apoiar novas empresas dedicadas ao desenvolvimento de
produtos e tecnologias para o mercado de energia
A Enel Brasil lança na próxima quarta-feira, 29 de julho, o Energy
Start, primeira aceleradora da América Latina dedicada a startups de
energia e empresas em estágio mais avançado. O programa selecionará
anualmente companhias que desenvolvam produtos e serviços inovadores
para o mercado de energia. Empresas de todo o Brasil poderão se
inscrever pelo site www.startup.enel.com/energystart.
"A crescente demanda por energia e as transformações por que passa o
setor elétrico exigem novas ideias e modelos de negócio criativos para
que auxiliem no desenvolvimento de tecnologias de ponta. Com o Energy
Start, queremos apoiar essas atividades e ao mesmo tempo criar
oportunidades para empreendedores inovadores e talentosos", diz
Marcelo Llévenes, responsável pela Enel Brasil. Segundo a Enel, um
conselho consultivo formado por representantes da companhia
selecionará as empresas que melhor atenderem aos requisitos. Os
critérios de seleção incluem análise do modelo de negócio, composição
da equipe, estágio de desenvolvimento e potencial de crescimento.
O processo de aceleração será composto por ações que vão desde
estratégia de negócio até gestão jurídica, financeira e de pessoas. Em
todas as etapas, os empreendedores contarão com mentores da Enel e de
profissionais do mercado, além de uma consultoria para aprimoramento
de todas as áreas da empresa. Ao fim do período de aceleração - que
pode variar de seis meses a um ano, quando a empresa selecionada será
conduzida por meio de mentoria, workshops e treinamento - a Enel
poderá decidir firmar parcerias para distribuir produtos ou serviços,
ou ainda se tornar cliente da empresa. A Enel também apoiará a
captação de outros possíveis investidores para as empresas.
Fonte: Canal Energia

A lâmpada inteligente

Parece coisa de filme de ficção cientifica. A startup americana
Saffron está em busca de patrocínio para colocar no mercado uma
lâmpada que ajuda na qualidade do sono.
É que sua luminosidade oscila de acordo com o ambiente e o horário,
"aprendendo" o hábito dos moradores da casa.
A expectativa é arrecadar, via crowdfunding, os US$ 100 mil
necessários para produzir os primeiros exemplares.
Fonte: Isto É Dinheiro - SP

Falta de padronização de lâmpadas de LED gera dúvidas em consumidores

Regulamentação para o produto ainda não existe no Brasil.
Cada embalagem tem uma informação diferente sobre a potência.
A lâmpada de LED, que é uma opção às incandescentes que foram
retiradas do mercado, ainda não foi regulamentada. Cada embalagem traz
uma informação diferente, o que enche de dúvidas o consumidor na hora
da compra.
O maior apelo das lâmpadas de LED é fazer o trabalho das antigas
incandescentes, que deixaram de ser fabricadas, só que com até um
décimo do consumo de energia.
Por exemplo, uma lâmpada de 6 watts, gasta 6 watts em consumo. Ele
equivale a uma lâmpada de 60 watts, aquela antiga, a incandescente. A
lâmpada de LED é mais cara, mas o número de horas que ela dura é muito
maior que as lâmpadas comuns.
O que não está muito claro ainda é como as empresas concorrentes podem
chegar ao mesmo resultado, com produtos tão diferentes. A equipe do
Jornal Hoje analisou dois modelos de lâmpadas. Nas embalagens consta
que elas são equivalentes a uma lâmpada incandescente de 60 watts. Só
que uma tem 40% a mais de potência do que a outra.
Os fabricantes não estão seguindo uma padronização porque ainda não há
regulamentação para produção desse tipo de lâmpada no país, e muitas
vezes a escolha se dá na base da aposta entre tantas marcas e nomes.
Enquanto a regra não sai quem entende do assunto aconselha. "Quinze
watts é 60 watts, 20 watts é equivalente à 75 watts, 80 watts. Se você
tem uma lâmpada que você use oito ou mais horas durante o dia, você
trocar por uma LED, em um ano e meio você terá só sorrisos. Agora, se
é uma lâmpada que utiliza poucas horas, eu diria que você com uma
lâmpada econômica resolve do mesmo modo, como a fluorescente", explica
o consultor de energia Raimundo Batista.
O Inmetro informou que até o fim do ano as lâmpadas de LED estarão
regulamentadas.
Fonte: G1/Jornal Hoje

Eletrobras terá palestra sobre Selo Procel Edificações na Greenbuilding Brasil

São Paulo - Referência no mercado de construções sustentáveis no
Brasil, 6ª Greenbuilding Brasil - Conferência Internacional e Expo
reunirá empresas nacionais e internacionais que fornecem tecnologia,
equipamentos e serviços para tomadores de decisão da indústria.
Durante o evento, a Eletrobras fará uma palestra na sessão "O Selo
Procel Edificações e a sua aplicação ao processo de certificação
LEED". A apresentação irá abordar políticas públicas, legislações
sobre eficiência energética, o PBE Edifica, o Procel, Procel
Edificações. A última certificação será discutida como um caminho
alternativo (Alternative Compliance Path, em inglês) para uma das
dimensões do LEED: Atmosfera & Energia.
Hoje em dia, para conseguir a certificação internacional, o
empreendimento precisa atender a sete dimensões. Com esse caminho
comprovado, o empreendimento que obteve o selo não precisaria ser
aprovado nessa dimensão, sendo julgado nas outras seis.
O evento, que será realizado na Transamerica Expo Center, em São
Paulo, é promovido pela GBC Brasil, ONG que visa fomentar a indústria
da construção sustentável no Brasil e é responsável ainda pela
certificação LEED no país.
Além da palestra da Eletrobras, o stand que a empresa irá ocupar será
dividido com a Ipiranga. A distribuidora de combustíveis irá
apresentar dois postos de combustíveis que possuem o Selo Procel e a
certificação LEED.

Serviço
Local: Transamerica Expo Center
Data: 11 a 13 de agosto
Inscrições para o evento:http://www.expogbcbrasil.org.br/2015/
Fonte: Procel Info

Cemig apresenta soluções simples que podem reduzir a conta no inverno

Especialista da companhia orienta sobre verificações que podem ser
feitas para evitar o alto consumo e economizar no uso da energia
elétrica.
As contas de energia costumam aumentar nesta estação do ano,
especialmente devido à utilização do chuveiro em potência máxima e à
presença das pessoas por mais tempo em casa devido ao frio. Além
disso, há o fenômeno natural que faz os dias escurecerem mais
rapidamente, aumentando o tempo de funcionamento da iluminação. São
nuances que, aliadas a outros fatores de desperdício, podem contribuir
para elevar o consumo de energia residencial em até 20%. Entretanto
soluções simples para o uso correto da energia podem evitar esse
aumento, principalmente neste período de condições hidrológicas
desfavoráveis, como recomenda Ranieri César Leite, o analista de
Comercialização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
"Em razão de sua elevada potência, os chuveiros são os equipamentos
que mais consomem energia, representando cerca de 30%, de uma
residência. Além disso, nas férias escolares, a presença das crianças
e adolescentes em casa aumenta o tempo de utilização de televisores e
computadores. Dessa forma, para reduzir a potência sempre que for
comprar um equipamento, faça a opção pelos mais eficientes,
etiquetados pelo Inmetro na categoria A e, especialmente, os
identificados com o selo Procel, da Eletrobras", destaca.
Ainda, segundo o especialista, é sempre bom verificar o estado da
borracha de vedação de refrigeradores, já que, se as portas não
estiverem fechando corretamente, a geladeira ou o freezer irão gastar
mais energia para resfriar os alimentos.
Ranieri Leite também ressalta que a população deve evitar o maior
consumo dos aparelhos mais potentes no horário de pico, como os
aquecedores de ambiente. "Não existe preço diferente de energia para a
residência ao longo do dia ou do ano, mas, se for possível evitar o
consumo maior entre 17h e 20h, isso irá certamente ajudar o país, pois
é durante esse horário que ocorre a ponta do sistema elétrico da
Cemig", alerta.

Lâmpadas incandescentes
As lâmpadas incandescentes de 60 watts deixaram de ser comercializadas
no Brasil, desde o início de julho, em conformidade com mais uma fase
da legislação que restringe a produção, importação e comercialização
de lâmpadas incandescentes. Desde o ano passado, não se podia mais
fabricar ou importar as lâmpadas incandescentes de 60 watts e, agora,
esse tipo de lâmpada, mais tradicional no uso doméstico, não poderá
ser mais vendida pelo comércio. A regulamentação consta na Portaria
Interministerial n° 1007/2010, do Ministério de Minas e Energia.
Com base nessa portaria, as lâmpadas incandescentes com potência de 15
a 40 watts ainda terão uma sobrevida de um ano, prazo máximo que os
varejistas terão para comercializar seus estoques. Essa medida segue o
cronograma da Portaria no 1007/2010, que fixou índices mínimos de
eficiência luminosa para fabricação, importação e comercialização das
lâmpadas incandescentes de uso geral em território brasileiro. Vale
ressaltar que as lâmpadas incandescentes de potência acima de 75 watts
já não estavam sendo comercializadas no Brasil.
A substituição desse modelo pode ser feita com vantagens pela lâmpada
fluorescente compacta (LFC) de 15 watts que possui uma durabilidade
até oito vezes maior A diferença de preço da LFC é amortizada em até
três meses, caso a utilização seja de três horas por dia. Essas
lâmpadas também poderão ser substituídas pelas de LED de 10 watts,
cuja vida útil pode chegar a 25 vezes mais que as incandescentes.

Confira algumas dicas para economizar energia
- Reduzir termostatos: Seja no chuveiro, aquecedor, condicionador de
ar, geladeira ou freezer, reduzir um grau no termostato pode
representar uma economia de até 5% da sua conta.
- Desligar quando não estiver em uso: Equipamentos elétricos e
eletrônicos produzidos no Brasil antes de 2001 tendem a consumir
bastante energia mesmo quando em stand by, mas mesmo os aparelhos mais
modernos tendem a consumir alguma energia durante todo o tempo em que
estão ligados na tomada, levando também ao desperdício.
- Aparelhos de TV por assinatura: Uma atenção especial deve ser dada
aos aparelhos de TVs por assinatura, pois, ao desligarmos a TV,
erroneamente achamos que esse aparelho também foi desligado e na
maioria das vezes não foi. Deve-se desligar também este aparelho.
- Iluminação: Evite acender lâmpadas durante o dia e aproveite ao
máximo a iluminação natural. Prefira as lâmpadas fluorescentes
compactas, pois elas duram mais e consomem menos. Pinte paredes e
tetos com cores claras, que refletem melhor a luz, diminuindo a
necessidade de iluminação artificial.
- Geladeira: Evite abrir a geladeira frequentemente. Retire de uma só
vez os alimentos de que precisa. Não guarde alimentos ainda quentes.
Para saber se a borracha de vedação está em bom estado, faça o
seguinte teste: coloque uma folha de papel entre a porta e a
geladeira, feche a porta e tente retirar a folha; se ela sair com
facilidade, está na hora de trocar a borracha. Repita o teste em
vários pontos da porta da geladeira. Nunca utilize a grade traseira
para secar roupas ou calçados.
- Tomadas e fios: Tomadas quentes são sinônimo de desperdício e risco
de acidentes. Por isso, evite o uso de benjamins. Emendas mal feitas
ou com fios de bitolas diferentes causam perda de energia.
- Celulares e Câmeras: Nunca deixe seu aparelho celular "dormir"
carregando, ou seja, dê a carga e retire-os da tomada. Para câmeras
digitais que não usam pilhas, aplica-se a mesma regra do celular. Só
carregue o tempo necessário especificado no manual.
- Computadores: Quando não estiver usando, mantenha o computador
desligado. Dê preferência aos notebooks, que consomem menos energia.
Não deixe os acessórios do computador (impressora, scanners etc.)
ligados sem necessidade.
Fonte: Diário de Araxá

Campinas vai de elétrico

Nem São Paulo, nem Rio de Janeiro, nem Curitiba. A primeira cidade do
Brasil a contar com uma frota de ônibus 100% elétricos, movidos a
bateria, será Campinas - SP. A partir de agosto entra em operação, no
município do interior do Estado de São Paulo, os 10 ônibus produzidos
na cidade pela chinesa BYD. O projeto, orçado em R$ 250 milhões, prevê
a fabricação de modelos articulados com essa tecnologia.
Fonte: Isto É Dinheiro - SP

Renova celebra contratos definitivos para venda de parques eólicos e PCHs

A Renova Energia S.A. informa que celebrou contratos definitivos com a
TerraForm Global, Inc., TerraForm Global, LLC e a SunEdison para a
venda de parques eólicos e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) por
R$ 1,613 bilhão.
A operação, conforme anunciado em maio, contempla em uma primeira fase
a venda de ações para a alienação dos ativos do projeto Espra,
correspondentes a três pequenas centrais hidrelétricas que
comercializaram energia no âmbito do Proinfa, com 41,8 MW de
capacidade instalada pelo valor de R$ 136 milhões, mediante pagamento
em dinheiro.
Também faz parte a venda de ações para a alienação dos ativos do
projeto Bahia, correspondentes a cinco parques eólicos que
comercializaram energia no LER 2009, com 99,2 MW de capacidade
instalada pelo valor de R$ 451 milhões, mediante pagamento em
dinheiro.
Está previsto ainda um contrato de permuta de ações das subsidiárias
da companhia que detiverem os ativos do projeto Salvador,
correspondente a nove parques eólicos que comercializaram energia no
LER 2009, com 195,2 MW de capacidade instalada pelo valor de R$ 1,026
bilhão, por ações da TerraForm Global com base no preço por ação a ser
pago na oferta pública de ações (IPO) da TerraForm Global em
andamento.

Segunda fase
A segunda fase da operação, aprovada em reunião realizada na
quarta-feira, 15, compreende outros ativos que possuem contratos de
venda de energia de longo prazo, operacionais e não-operacionais
(Backlog) e projetos em desenvolvimento e a serem desenvolvidos pela
companhia que vierem a vender energia em contratos de longo prazo
(Pipeline).
Entre os contratos contemplados está o de permuta de ações das
subsidiárias da companhia que detiverem os ativos de projeto do
Backlog pelo valor total da empresa (enterprise value, que considera
as dívidas no valor do ativo) de R$ 13,4 bilhões. Os valores serão
ajustados na data da permuta conforme as disposições contratuais
aplicáveis.
Os ativos, com 2.204,2 MW de capacidade instalada, serão permutados
após suas respectivas entradas em operação comercial e conforme
cronograma negociado pelas partes, e a Renova receberá o valor
correspondente em ações da TerraForm Global com base na média das
cotações dos últimos 30 pregões anteriores ao fechamento.
Também foi firmado contrato de opção por meio do qual a TerraForm
Global terá, até 31 de dezembro de 2016, uma opção de compra e
preferência na aquisição dos projetos de energia renovável em
desenvolvimento e a serem desenvolvidos pela companhia que vierem a
vender energia em contratos de longo prazo.
A quantidade de ações da TerraForm Global a ser recebida pela Renova
será determinada com base num múltiplo do caixa disponível para
distribuição do respectivo projeto nos anos seguintes à transferência,
conforme metodologia acordada entre as partes. Segundo a empresa, após
esse prazo, as partes irão negociar nova mecânica da opção de compra e
preferência na aquisição dos projetos, visando refletir as condições
de mercado e a competitividade da companhia.

Nova estrutura acionária
A Renova informa ainda que também firmou contrato de compra e venda de
ações, conforme divulgado em 2 de julho de 2015, para alienação das
ações de emissão da companhia detidas pela Light Energia S.A. para a
SunEdison (CCVA Light). O valor a ser pago pelas 50.561.797 ações
ordinárias é de US$ 250 milhões, equivalentes a US$ 14,83 por unit.
Segundo a empresa, o fechamento dessa operação ainda está sujeito a
condições suspensivas, dentre as quais aprovações regulatórias e
manifestação quanto às restrições de transferências de ações e
direitos de preferência e venda conjunta, previstas nos Acordos de
Acionistas vigentes.
Mediante a conclusão do CCVA Light, a SunEdison irá aderir aos Acordos
de Acionistas existentes da companhia e fará parte do bloco de
controle da Renova. A empresa ressalta que essa operação não resultará
na alienação do controle, direto ou indireto, da companhia ou na
aquisição do poder de controle da companhia pela SunEdison.
Na nova estrutura acionária farão parte do controle a RR Participações
com 15,9% do total de ações, a SunEdison com 15,9% e a Cemig GT com
27,3%, totalizando 59,1% do total de ações ordinárias e preferenciais
da Renova.
A RR Participações detém ainda 3% das ações da empresa fora do bloco
de controle. Também são acionistas o BNDESPar com 8,8%, InfraBrasil
com 11% e Fip Caixa Ambiental com 5,1%. Outros acionistas detém 13% de
ações da Renova.
A Renova informa ainda que terá direito de indicar um membro do
conselho de administração da TerraForm Global.
Fonte: Yahoo Notícias / Portal PCH

Paraná promove eficiência energética através de descontos em eletrodomésticos

Paraná - O programa Lar Eficiente, criado pela Copel, irá ajudar os
clientes do Paraná a substituir a geladeira ou freezer antigo por um
novo, mais eficiente. Através de um desconto de 45% no preço do novo
eletrodoméstico, o programa espera que a população adote a medida que
promove a eficiência energética que foi lançada pelo governador Beto
Richa e o presidente da Copel, Luiz Fernando Vianna.
Destinado aos consumidores residenciais, tanto da área urbana como da
rural, o programa já iniciou a venda das geladeiras com desconto em
todos os municípios atendidos pela Copel Distribuição. A venda será
realizada através das Lojas Colombo, vencedora da licitação da
companhia. Para obter o desconto o cidadão precisa estar com a conta
de energia elétrica em dia, possuir um refrigerador ou freezer com
pelo menos cinco anos de uso que esteja funcionando - e que será
substituído, entregar um conjunto de cinco lâmpadas incandescentes
(menos eficientes) e pagar o valor simbólico de R$ 1. Cada consumidor
tem direito à substituição de um eletrodoméstico por imóvel. Lembrando
que a escolha do novo refrigerador ou freezer segue regras para
garantir que o eletrodoméstico adquirido seja equivalente ao antigo.
Além do programa Lar Eficiente, o governador do Paraná também lançou
recentemente os projetos Luz na Escola, que irá contribuir para a
redução da despesa com energia, e o Fatura Solidária, que destinará
recursos para entidades sociais em troca da adesão, pelo consumidor, à
fatura por e-mail.
Fonte: Ambiente Energia

Mercado livre de energia pode financiar placas solares em residências, diz CCEE

O mercado livre de energia pode ser o caminho para impulsionar a
implementação de placas solares em residências e comércios, ao
permitir a venda de excedentes de eletricidade, que geraria caixa para
viabilizar os investimentos nessas instalações, que hoje recebem
apenas créditos na conta de luz em troca da energia injetada na rede.
Uma proposta neste sentido foi desenhada pela Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e apresentada ao governo,
que trabalha em um plano de incentivo à produção de energia pelos
próprios consumidores, conhecida no mercado como geração distribuída.
"Com isso, você cria uma possibilidade de novos modelos de negócio
para financiar o funcionamento dessa geração... fala-se muito que não
existem linhas de crédito específicas para isso, e a proposta permite
ao mercado estabelecer formas de financiar e remunerar esses
projetos", disse à Reuters nesta quinta-feira o gerente-executivo de
atendimento ao mercado da CCEE, Cesar Pereira.
O mercado livre de energia elétrica representa cerca de 25 por cento
do consumo no Brasil, e envolve a negociação direta de contratos de
suprimento entre empresas com grande demanda por eletricidade, como
indústrias e centros comerciais, e geradores e comercializadores.
A ideia da CCEE é que grandes comercializadores de energia, os
varejistas, passem a agregar os excedentes de geração de diversos
consumidores e então vendam essa eletricidade no atacado, a preços de
mercado.
"Comercializar essa energia no mercado livre traria ganhos para os
consumidores. Não só porque o preço é melhor, mas você traz liquidez
para o mercado, captura oportunidades de sobra de um consumidor para
atender o outro...otimiza o mercado como um todo", afirmou o
presidente da comercializadora CPFL Brasil, Daniel Marrocos.
O presidente da plataforma eletrônica de negociação de energia BBCE,
Victor Kodja, também apoia a ideia. "Isso vai fazer com que mais gente
se interesse (por instalações de geração distribuída). As
comercializadoras tendem a ser os grandes catalisadores desse
processo", disse.
Pela proposta da CCEE, o consumidor que aderir à geração distribuída
poderá escolher entre a atual regra, em que toda a energia gerada vira
crédito na conta de luz, e o modelo em que a geração acima do consumo
pode ser vendida no mercado.
As regras para geração distribuída estão em discussão na Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estima que essa modalidade
possa viabilizar 2 giga watts em instalações solares até 2024.
Fonte: Portal PCH

Alta nas tarifas de energia impulsiona negócios de geração distribuída com placas solares

O aumento das tarifas de energia elétrica no Brasil favorece uma
rápida expansão da geração solar distribuída, com instalação de
painéis fotovoltaicos por consumidores, comércios e indústrias,
disseram investidores e especialistas.
Empresas do segmento, muitas das quais são startups, já oferecem
pacotes que incluem financiamento para a instalação dos equipamentos,
embarcando em um modelo em que o consumidor gera a própria
eletricidade e recebe créditos em troca de eventuais excedentes.
A alternativa chamou a atenção também do governo, com o Ministério de
Minas e Energia pretendendo lançar neste semestre um plano de
incentivo à geração distribuída, enquanto a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) conduz uma audiência pública para discutir
medidas que poderiam levar o país a sair praticamente do zero e
atingir 2 Gigawatts em geração distribuída em 2024 - equivalentes à
potência instalada das usinas nucleares de Angra, no Rio de Janeiro.
O sócio da SolarGrid, Henrique Loyola, que vendeu participação que
detinha na corretora XP Investimentos para apostar na microgeração de
energia elétrica, estima que para atingir a capacidade projetada pela
Aneel serão necessários investimentos de 15 bilhões a 20 bilhões de
reais.
"O Brasil é uma enorme oportunidade em geração solar. As tarifas estão
muito altas, a radiação solar é muito forte e o mercado é praticamente
inexplorado", disse Loyola à Reuters.
O diretor da consultoria E&Y Mario Lima destacou que, além disso,
instalações solares podem ser concluídas rapidamente, o que é uma
vantagem no momento em que o país busca sair da maior crise de oferta
de energia elétrica desde o racionamento, em 2001.
De acordo com estimativa do Banco Central, as tarifas de energia
elétrica devem subir neste ano em média 41 por cento, depois de terem
subido cerca de 17 por cento no ano passado, tornando mais competitiva
a geração distribuída.
"Geração de energia elétrica, particularmente eólica e solar, é
basicamente o único setor de fora da atual crise econômica pela qual
passa o Brasil", disse Lima.
Na SolarGrid, Loyola espera passar dos atuais 50 clientes para cerca
de mil até o fim do ano. Ele estima que os equipamentos solares se
pagam em oito anos, a depender da região. "Ainda é um pouco longo, mas
depois que você paga tudo, o negócio continua te rendendo uma taxa de
retorno alta."
Mesmo grandes empresas de distribuição de energia elétrica, que
poderiam ver na geração distribuída uma ameaça, uma vez que o modelo
reduz a demanda por eletricidade na rede, estão interessadas em entrar
no segmento."A região metropolitana de São Paulo tem um grande
potencial para a geração distribuída... muitas pessoas com alto poder
aquisitivo e elevado consumo de energia", disse à Reuters, em
entrevista recente, o presidente do grupo AES Brasil, Britaldo Soares.
O executivo afirmou que a AES Brasil analisa algumas soluções de
geração distribuída utilizadas nos Estados Unidos por sua
controladora, a AES Corp, para possivelmente replicar o modelo em São
Paulo.
A CPFL Energia, que controla distribuidoras no Estado de São Paulo,
também tem oferecido soluções de geração distribuída por meio de sua
subsidiária de comercialização de eletricidade, a CPFL Brasil, que
oferece soluções de eficiência energética.
"Os painéis fotovoltaicos são uma demanda que temos visto nos
clientes", comentou o presidente da CPFL Brasil, Daniel Marrocos, em
entrevista à Reuters na semana passada.
O executivo disse que os aumentos no preço da energia abrem espaço
para oferecer soluções como essa em contratos que prevejam, por
exemplo, remuneração de acordo com a energia economizada pelo cliente
após a instalação ou a compra e instalação dos equipamentos em modelo
de leasing.
Fonte: R7 Notícias (imagem ilustrativa)

Mudanças simples reduzem a conta de energia

A tarifa de energia elétrica aumentou e o brasileiro já sentiu o peso
na conta de energia elétrica. Para quem mora em condomínio
residencial, não adianta cuidar apenas do próprio apartamento, os
desperdícios em áreas comuns também podem trazer surpresas
desagradáveis no fim do mês. Mas contornar o aumento tarifário é
possível. Com reformas estruturais e mudanças no consumo dos
moradores, alguns síndicos já conseguiram até mesmo reduzir os gastos
com energia.
A primeira medida é a substituição das lâmpadas comuns por modelos de
LED, que aparentemente têm investimento alto, mas com retorno na forma
de economia bem rápido. O custo de uma lâmpada deste tipo é recuperada
em poucos meses. Outra forma de economizar em energia elétrica é a
instalação de sensores de presença nas áreas comuns, o que evita que a
luz fique acesa sem ninguém no ambiente.
O elevador é outro vilão do consumo de energia. Mas ele pode ter um
uso mais econômico, de acordo com Omar Anauate, diretor de condomínios
da Associação das Administradoras de Bens Imóveis (Aabic). "Os
elevadores mais novos são mais econômicos porque consomem menos
energia e têm um sistema eletrônico inteligente, que manda para o
andar o elevador que estiver mais perto."
Outras modificações para economizar energia podem ser feitas nos
motores das bombas de água e nos sistemas de aquecimento de piscinas
(nos empreendimentos que os possuem). Antes de optar pela reforma,
porém, o ideal é consultar um profissional especializado. "Quando você
tem um furo no cano, você vê a água escorrer pela parede. Mas no caso
da energia, o desperdício não é visível", diz o especialista em
eficiência energética Aparecido Carvalho.

Veja como economizar
Um condomínio de São Paulo trocou gradualmente as 72 lâmpadas das
áreas comuns e reduziu os gastos praticamente à metade. A conta que
antes era de R$ 3.700 chegou a R$ 1.800. O investimento nos produtos e
mão de obra foi de R$ 11 mil. A troca foi encerrada em março e o
condomínio já conseguiu 70% dos gastos de volta com a economia na
conta de energia.
A tarifa de energia é mais cara entre 17 e 21 horas, por essa razão é
mais produtivo que os elevadores sejam ligados no gerador (se houver)
no período da noite.
Mais baratas e efetivas que reformas estruturais ou adaptações, são a
revisão e manutenção. "Não existe melhor prevenção do que fazer uma
revisão periódica nas instalações", diz o vice-presidente de
Administração Imobiliária e Condomínios do Sindicato da Habitação
(Secovi-SP), Hubert Gebara
O especialista em eficiência energética, Aparecido Carvalho, relembra
que as instalações elétricas têm vida útil. "Cabos velhos podem exigir
mais energia do que o necessário. Uma simples manutenção nos cabos e
quadros de energia já resulta em economia".
Serviços mais simples, como a troca das lâmpadas, podem custar em
torno de R$ 5 mil (variando conforme o tamanho da área comum e do
condomínio) e trazem uma economia média de 20%. "Quando as
modificações são maiores, a economia pode chegar a 50%
Fonte: Bem Paraná

Custo de energia passa a ser 2ª maior despesa de supermercados

Os supermercados brasileiros estão adotando ou acelerando projetos de
eficiência energética após os aumentos das contas de eletricidade
desde o fim do ano passado, que já afetaram os resultados do primeiro
trimestre.
Estimativas de associações do setor indicam que os custos com energia
elétrica passaram a ser a segunda maior despesa em algumas redes
supermercadistas, superando aluguel e só atrás da folha de pagamento.
As empresas não detalham nos balanços os custos com energia, mas no
Grupo Pão de Açúcar, maior do país, a despesa com vendas, gerais e
administrativas, que inclui eletricidade, subiu 16,8 por cento no
primeiro trimestre na comparação anual.
Segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBCV), a conta de
energia elétrica das redes subiu até 40 por cento desde o fim de ano
passado.
"Como essa despesa chega a representar 1 por cento do faturamento do
supermercado, um aumento de até 40 por cento tem impacto de 0,4 por
cento", disse o presidente da SBCV, Eduardo Terra. "Isso é
monstruoso", completou.
No Estado de São Paulo, a despesa média com energia subiu de 0,9 por
cento do faturamento dos supermercados no ano passado para 1,7 por
cento este ano, de acordo com a Associação Paulista de Supermercados
(Apas), superando os gastos com aluguel, que respondem por de 1 a 1,5
por cento do faturamento. "Foi a primeira vez que isso aconteceu",
disse Erlon Ortega, vice-presidente da associação.
O preço da energia elétrica, após uma série de reajustes por conta da
seca que afetou os reservatórios das hidrelétricas, acumula alta no
ano até maio de 41,9 por cento e, em 12 meses, de 58,5 por cento,
segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
No varejo, os supermercados são os que mais consomem energia, já que,
além de computadores, iluminação e ar condicionado, vendem produtos
refrigerados, que demandam muita energia.
Diante desse cenário, o GPA criou um grupo de trabalho para cuidar do
tema nas lojas Extra e Pão de Açúcar. Algumas iniciativas já adotadas
incluem o uso de lâmpadas mais econômicas, o fechamento de balcões de
refrigeração para evitar que o frio se dissipe no ambiente e a
automação da refrigeração e do ar condicionado.
A expectativa é que os projetos reduzam em até 25 por cento o consumo
de energia nos hipermercados do grupo nos próximos trimestres.
"Paralelamente, a empresa intensificou a rotina de análise e
mensuração do consumo para identificar possíveis não conformidades e
tomar medidas imediatas", disse o GPA em nota.
A atacadista Assaí, também do grupo GPA, já instalou portas em ilhas
de refrigeração de 16 lojas e está em processo instalação em outros 11
estabelecimentos. Também está monitorando lojas remotamente para
detectar equipamentos que mais consomem energia. A meta é chegar a uma
economia de cerca de 10 por cento até dezembro.
A maior demanda dos supermercados por projetos de eficiência
energética tem sido notada por fornecedores de equipamentos e
consultorias especializadas.
Segundo Paula Campos, gerente do Grupo Safira, que dá consultoria no
setor, grande parte dos investimentos estão sendo feitos para reduzir
a dependência das distribuidoras de energia. "São projetos de geração,
seja de gás natural ou solar", disse.
A empresa está negociando contratos com duas grandes redes de
supermercados, mas não citou nomes. "Como o valor da tarifa aumentou,
o retorno do investimento desses projetos vêm mais rápido", disse
Paula.
No horários de pico, o GPA tem usado geradores próprios, instalados em
80 por cento das lojas do grupo.
A fabricante de equipamentos Weg também está em negociação com duas
redes de shoppings centers --com supermercados dentro-- em São Paulo
para instalar projetos de eficiência energética.
"No primeiro quadrimestre, os pedidos de ações de eficiência
energética superaram largamente os de 2014", disse o chefe da área de
eficiência energética da Weg, Leandro Ávila, referindo-se a projetos
para indústria e comércio.
O comércio brasileiro em geral consumiu 3 por cento a mais de energia
no mercado livre nos primeiros cinco meses do ano ante o mesmo período
de 2014, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica.

WAL-MART
O Wal-Mart vem acelerando os projetos de eficiência energética desde
2013, com a instalação sistemas de ar-condicionado mais eficientes,
troca de iluminação por lâmpadas de LED e instalação de portas nos
balcões de refrigeração.
Além de prosseguir com esse trabalho, o Wal-Mart estuda instalar
painéis solares em algumas lojas.
Em 2014, a adoção de medidas visando reduzir o consumo energético pela
refrigeração, que representa até 40 por cento dos gastos com energia,
resultou em redução média de 9,64 por cento no consumo desse sistema,
segundo o Wal-Mart. E a economia com iluminação foi de cerca de 27 por
cento com as lâmpadas LED.
"Com ambas as iniciativas, a empresa conseguiu atingir uma redução de
consumo de 18 por cento" no ano passado, completou a rede varejista.
Fonte: Reuters Brasil

CESI inicia testes de corrente contínua de alta tensão na Alemanha

A italiana CESI, consultoria global de energia, iniciou as atividades de seu laboratório CCAT (HVDC), na Alemanha, onde a tecnologia para transmissão em corrente contínua, em extra e ultra alta tensão começa a ser testada. O laboratório representa o estado de arte de tecnologia para testes de cabos, componentes e sistemas inovadores para as redes de corrente contínua de extra-alta tensão, um ativo estratégico para transmissão de energia em longa distância.
O primeiro laboratório independente europeu para corrente contínua, inaugurado pelo CESI, agrega tecnologias capazes de realizar testes de desenvolvimento, ensaios de tipo e testes de pré-qualificação em cabos HVDC até 1200kV DC.
A sigla em inglês HVDC, que em português significa Corrente Contínua de Alta Tensão, é um sistema de transmissão de energia capaz de reduzir significativamente as perdas na transmissão de grandes blocos de potência à longa distância, além de proporcionar custos menores quando comparados com outras tecnologias em corrente alternada de extra alta tensão.
Esta tecnologia é, também, uma solução utilizada por empresas de transmissão de energia europeias para melhorar as interligações entre diferentes regiões e países, racionalizando os grandes fluxos de energia provenientes de parque eólicos do norte do continente, por exemplo. A mesma tecnologia está sendo utilizada para a racionalização das ligações trans-mediterrâneas do sul da Europa com o objetivo de transportar energia solar e eólica do Oriente Médio e do Norte da África.
O laboratório também é importante para países da América do Sul, como o Brasil, onde a filial local do CESI vem participando de projetos de transmissão utilizando a tecnologia HVDC em linhas de mais de 2000 quilômetros.
Matteo Codazzi, CEO da CESI, ressalta a importância que a tecnologia possui. "Esta tecnologia, crucial para a transmissão de energia em longa distancia e a baixo custo, pode ser definida como a banda-larga da transmissão de energia, e representa, cada vez mais, o alicerce para a integração energética dos países, não só na Europa, como na Ásia, África, Oriente Médio e América Latina", conclui.
Fonte: Canal Energia

É a vez da energia solar? Cada vez mais gente acha que sim

Um dos mais vultosos investimentos anunciados neste ano pelo americano Tim Cook, presidente mundial da Apple, nada tem a ver com sua linha de produtos. Em abril, a empresa comunicou a decisão de dedicar 850 milhões de dólares a uma usina de geração de energia solar capaz de suprir a demanda de suas operações na Califórnia inclusive a sede, em Cupertino e ainda vender o que sobrar para a rede de transmissão local.
A motivação vai além do desejo de salvar o mundo. Pelas regras vigentes nos Estados Unidos, empresas que vendem excedente energético de usinas próprias recebem o mesmo valor pago pela energia que consomem na rede. Além disso, têm 30% de desconto em impostos. Incentivos como esses vêm impulsionando a energia solar.
Estima-se que, até 2019, a fonte renovável atenderá 9,7% da demanda americana, 30 vezes mais do que a parcela atual. Esforço semelhante em outros países ajudou a quadruplicar a capacidade de geração global das placas fotovoltaicas desde 2010. Embora ainda represente apenas 0,8% da matriz elétrica mundial, a energia solar hoje se tornou a fonte que mais cresce.
No Brasil, essa proporção é ainda mais tímida, não passa de 0,01% da matriz nacional. Mesmo com um dos maiores níveis de radiação solar do planeta, o país também fica atrás no crescimento, uma realidade que, segundo especialistas, poderá mudar nos próximos anos. Estimativas do setor apontam que, até 2050, a fonte deverá corresponder a 13% de toda a energia produzida no Brasil.
Por enquanto, houve apenas um único leilão de energia solar no Brasil. Em outubro, foi contratado quase 1 giga watt a ser injetado na rede elétrica a partir de 2017, o equivalente ao consumo residencial de uma cidade como Salvador, segundo a consultoria PSR. Apesar do volume modesto, o mercado viu um dado promissor: a energia foi negociada a uma das cotações mais baixas do mundo.
A tarifa média foi de 215 reais por megawatt-hora, deságio de quase 18% em relação ao preço-teto estabelecido pelo governo. No segundo semestre, dois leilões serão realizados. "Nessa faixa de custo, o Brasil tem condições mais favoráveis para desenvolver a energia fotovoltaica", afirma Altino Ventura, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia.
A queda do custo da energia solar, um dos principais entraves para sua popularização, se deve, sobretudo, a seu ganho de escala no mundo. Há apenas cinco anos, o preço por megawatt-hora da energia solar era mais do que seis vezes maior do que o da hidrelétrica e o triplo da eólica. Na última década, o preço dos equipamentos caiu 70% no mercado global.
Diante da ameaça de uma nova crise energética, e da consequente pressão por diversificar a matriz para além das hidrelétricas, o governo decidiu aproveitar o momento favorável e dar um empurrãozinho nessa tendência. Em abril, anunciou a intenção de isentar do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços a energia solar gerada pelo próprio consumidor.
O Conselho Nacional de Política Fazendária já autorizou a liberação do tributo estadual em São Paulo, Pernambuco e Goiás. Segundo especialistas, é questão de tempo até que todos os estados participem do convênio. Segundo projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, a desoneração em todo o país poderia reduzir 19% o custo da geração fotovoltaica e elevar 55% o número de sistemas instalados até 2023.
"Acreditamos que a energia solar deverá crescer tanto quanto a eólica", afirma Solange David, vice-presidente do conselho de administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), órgão que regula e acompanha o mercado livre, em que empresas compram energia diretamente dos geradores. Com o avanço tecnológico dos equipamentos, o custo médio do megawatt-hora da energia eólica caiu praticamente pela metade na última década. Hoje, já representa 4,3% da matriz energética brasileira.
As condições favoráveis motivaram empresas como a Renova a investir. Geradora especializada em energias renováveis, a empresa tem dois projetos em obras na Bahia. O primeiro deverá ser entregue no primeiro trimestre de 2016 no interior do estado. O investimento de 35 milhões de reais vai resultar no primeiro parque híbrido do país com geração solar e eólica.
O segundo parque, também na região de Caetité, terá 110 megawatts de capacidade, 20 vezes superior ao primeiro empreendimento, e exigirá investimentos de 600 milhões de reais. A conclusão está prevista para 2017. "Estamos otimistas com o segundo leilão, que deverá ocorrer em agosto", diz o presidente da Renova, Mathias Becker.
Entre as vantagens da geração solar está a dispensa de licenças ambientais, necessárias no caso de hidrelétricas. Outra é a possibilidade de construir usinas em locais alternativos o que não acontece com outras fontes energéticas. Recentemente, geradoras vêm ampliando a instalação das placas sobre flutuadores em reservatórios de água já existentes.
Em abril deste ano, o governo anunciou uma parceria com a Chesf, na Bahia, e com a Eletrobras, no Amazonas, de um projeto piloto para instalar placas solares sobre reservatórios das hidrelétricas de Sobradinho e de Balbina, respectivamente. Os testes deverão começar no segundo semestre. E as usinas produzirão 5 megawatts de energia. O projeto piloto espelha o modelo de países como os Estados Unidos, a Índia e o Reino Unido.
Há quem seja mais cético. A CPFL Renováveis, por exemplo, tem apenas uma usina de energia solar, construída em Campinas, no interior de São Paulo, em 2012. A capacidade instalada é suficiente para suprir as necessidades de apenas 748 habitantes. A empresa tem planos de investir na construção de projetos solares com potência de mais de 500 megawatts, sem data para sair do papel.
"O custo ainda é alto e não justifica a ampliação da demanda", diz André Dorf, presidente da CPFL Renováveis, cujos principais investimentos estão concentrados em parques eólicos e pequenas centrais hidrelétricas. Mesmo os mais otimistas concordam que os esforços do governo até agora, além de tardios, ainda são insuficientes.
Diferentemente do que existe no caso da energia eólica há quase cinco anos, os fabricantes de equipamentos para geração de energia solar não têm isenção de impostos no Brasil. Na China, onde o consumo de energia solar cresceu 88% no último ano, existe um desconto de 50% na forma de reembolso para os fabricantes de produtos de eletricidade solar desde 2013.
Há críticas também com relação ao modelo de venda de energia excedente no país, que não estimula a instalação de placas por empresas e indivíduos para geração própria. Diferentemente do que acontece em países como Estados Unidos e Alemanha, este último o maior produtor mundial de energia solar, o consumidor que produz a própria energia não recebe dinheiro pelo excedente que devolve na rede.
A produção extra gera um crédito com a distribuidora que pode ser utilizado em até 36 meses. Mas, como na maioria das vezes quem produz é autossuficiente, esse crédito se acumula e na prática não é resgatado.
Em países como os Estados Unidos, o incentivo à produção individual, com placas instaladas em telhados de casas, fábricas e lojas, deverá mudar a relação entre geradoras e consumidores de energia. Um estudo publicado em abril pela consultoria especializada em energia Rocky Mountain Institute projeta que, embora a maioria dos consumidores ainda dependa da rede elétrica, em Westchester, no estado de Nova York, eles precisarão captar apenas um quarto da energia que consomem da rede em 2030 e menos de 5% em 2050.
Lá, diferentemente do que acontece por aqui, há linhas de financiamento com condições especiais para quem compra os equipamentos de geração individual. No Brasil, o impulso dado à energia solar até agora dependeu mais de condições externas do que do esforço próprio. Espera-se que os próximos anos marquem o início de uma nova fase.
Fonte:  Portal Exame (imagem ilustrativa)

Prédios poderão gerar energia solar (e não é pelo teto)

O Vale do Silício tem uma novidade que pode revolucionar a forma como a eletricidade chega até nós. A startup Ubiquitous Energy criou uma tela transparente que pode ser colocada sobre qualquer superfície para gerar energia através da luz solar.
Diferentemente dos painéis solares utilizados hoje em dia, que precisam de um espaço próprio e amplo para serem instalados, a tela transparente pode ser colocada nas janelas de prédios e arranha-céus  para gerar eletricidade.
E o mais incrível: os celulares e tablets, por exemplo, poderiam funcionar sem que nunca acabassem suas baterias.
A tela foi feita para selecionar a luz visível ao olho humano, enquanto absorve a luz ultravioleta e infravermelha para convertê-las em energia, como informa o próprio site da startup.
A ClearView, como é chamada o material, é a primeira tecnologia transparente que conseguiu transformar a luz solar em energia sem trazer impactos à visão.
O material, de acordo com a startup, é eficiente, fino, tem menos do que 0,001 milímetros de espessura, não possui substâncias tóxicas.
A novidade também traz avanços importantes para a redução da poluição: uma energia limpa, natural e renovável.
A Ubiquitous Energy está desenvolvendo a tela junto com parceiros comerciais, que ajudam a criar os primeiros protótipos da ClearView para uso em dispositivos móveis.
Portal Exame (Tecnologia) - SP - Brasil

Lâmpada de LED x dicróicas. Qual a mais vantajosa?

A substituição das lâmpadas tradicionais pela iluminação LED é uma forte tendência, já que esta oferece vantagens principalmente em termos de durabilidade e economia. Mas, por outro lado, a decoração das casas ainda preza pelas famosas dicróicas que oferecem boa reprodução de cor. Mas, você sabe as diferenças e o que uma tem melhor do que a outra?
As luzes de LED apresentam grande vantagem com relação à eficiência energética, pois são extremamente econômicas. Enquanto a lâmpada dicróica consome 50W, a de LED tem um consumo de 10W, de acordo com a Celpe. A vantagem da segunda sobre a primeira é de 80% de economia. "Hoje em dia com os avanços tecnológicos, o efeito luminoso da lâmpada de LED compara-se à dicróica que é famosa pela luz branca. Mas a de LED consegue dar o mesmo efeito visual na iluminação e é um investimento que se paga muito rápido. Em um prazo de um ano a um ano e meio você consegue ter o retorno do investimento", explica a companhia.
Outra coisa que vale ressaltar é que as dicroicas são compostas por lâmpadas halógenas (ineficientes), ou seja, além da obtenção de luz também geram muito calor, ou seja, esquenta muito o ambiente, o que não ocorre as LED.
Fonte: Blog Social

WWF: nacionalização da tecnologia solar exige contratação de 1GW/ano

Estudo aponta os desafios e as oportunidades para a energia fotovoltaica no Brasil, com recomendações de políticas públicas para alavancar esse mercado
A estratégia de nacionalização da tecnologia fotovoltaica no Brasil passa pela contratação regular de 1GW por ano. Essa seria a demanda mínima para fomentar o desenvolvimento do mercado de energia solar no país. O sucesso, contudo, depende paralelamente de um conjunto de políticas públicas consideradas importantes, como isenções fiscais e tributárias, incentivos financeiros e capacitação técnica de mão de obra. As informações são do estudo "Desafios e Oportunidades para a energia solar fotovoltaica no Brasil: recomendações para políticas públicas", desenvolvido pelo WWF-Brasil em parceria com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica e elaborado pela LCA Consultores.
O principal objetivo do documento, divulgado nesta semana, é indicar medidas e políticas de estímulo que permitirão o pleno desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica no Brasil, tanto em relação à geração de energia quanto à implantação da cadeia produtiva ligada ao setor. Segundo o estudo, para a atração de uma planta de beneficiamento de silício grau solar em território nacional seria necessário um volume de contratação acima de 2GW/ano. Para atingir esse volume, a geração distribuída terá um papel importante, alerta o estudo.
A Empresa de Pesquisa Energética estima que o potencial da geração distribuída no país no segmento residencial é de 33 GW médios, o que equivale a 165 GW de capacidade instalada com fator de capacidade médio de 20%. O fator de capacidade é o potencial de produção de energia e considera a tecnologia utilizada, a potência instalada e a irradiação da região em que os sistemas se encontram. "Para a geração distribuída, iniciativas para difundir as vantagens dessa modalidade podem ser associadas a incentivos tributários diretos, como deduções no imposto de renda e IPTU. Além disso, o avanço da geração distribuída no país pode ser estimulado com o estabelecimento de linhas de financiamento adequadas para a aquisição de sistemas fotovoltaicos", detalha o estudo.
De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, em outubro de 2014, havia 265 sistemas fotovoltaicos operando conectados ao Sistema Interligado Nacional, totalizando 14,8 MW. Parte desses projetos nasceu de programas de P&D promovidos pela Aneel e têm permitido um importante aprendizado sobre as diferentes tecnologias de geração de energia solar fotovoltaica, suas características e condições de funcionamento. Em outubro de 2014, o 6º Leilão de Energia de Reserva resultou na contratação de 31 projetos fotovoltaicos (889,7 MW ou 202,3 MW médios) a um preço médio de R$ 215,12/MWh, o que representou um deságio de 17,89% frente ao preço-teto de R$ 262/MWh estabelecido pelo governo. No segundo semestre deste ano estão previstos mais dois leilões para contratação de energia de reserva com a participação de fonte solar, sendo um exclusivo.
"Atualmente, o Brasil tem a oportunidade de fomentar a inclusão da energia solar fotovoltaica na matriz elétrica nacional e estruturar uma cadeia produtiva nacional, incluindo a fabricação de insumos, componentes, equipamentos e prestação de serviços, contribuindo assim para fixar, em território nacional, a tecnologia e os empregos gerados pelo setor. Para que esta oportunidade se torne uma realidade serão necessários envolvimento e comprometimento dos tomadores de decisão do país e da sociedade brasileira." .
Fonte: Canal Energia

Informativo ELAT

Mortes por raios no Brasil e nos Estados Unidos em 2014
Dados recentes, divulgados pelo "National Weather Service", apontam 26 mortes por raios em 2014 nos Estados Unidos. No Brasil, em 2014 houve 97 mortes. Considerando a população de cada país, tem-se 0,1 mortes por milhão de habitantes nos Estados Unidos e 0,5 mortes por milhão de habitantes no Brasil. O número 5 vezes maior de mortes no Brasil por habitante em relação aos Estados Unidos não se deve ao maior número de raios em nosso país, que é apenas 1,4 vezes maior que o número de raios nos Estados Unidos. Causas sociais e econômicas explicam a diferença.
 
Filme do ELAT sobre raios está à venda em DVD na livraria Saraiva
O filme "Fragmentos de Paixão", realizado pelo ELAT sobre os raios na história do Brasil, está a venda em DVD no site da livraria Saraiva.
 
Estudante do ELAT ganha prêmio em conferência no Japão
O estudante de doutorado do ELAT Leandro Zanella S. Campos ganhou o prêmio de melhor trabalho de um estudante na 9th Conferência Internacional sobre raios da Ásia (APL2015), realizada em Nagoya, Japão. O trabalho intitulado "An algorithm for identifying ground strike points from return stroke data provided by Lightning Location Systems" foi feito em parceria com a Universidade de Washington
 
Raios causam incêndios no norte da Califórnia
Cerca de 800 raios causaram 36 incêndios, durante um período de 24 noras no norte do estado da Califórnia, nos Estados Unidos. No Brasil, não existem estatísticas precisas sobre o número de incêndios causados por raios.

Consumidores trocam lixo reciclável por descontos na conta de luz

Em oito estados brasileiros, tem consumidor ganhando desconto na conta
de luz. Alguns chegam a não pagar nada. É o caso do Seu Manoel e da
Dona Cristina que trocam lixo reciclável por desconto na conta de luz.
O casal se cadastrou há um ano num programa da distribuidora de
energia. "Catamos uns negócios, levamos lá. Aí catamos mais e levamos.
Aí, quando veio a conta, veio a metade. Aí falei: 'Sendo assim, vamos
continuar levando. Dá desconto na conta de luz'. Levo um monte de uma
vez só", diz o desempregado Manoel dos Santos.
Os dois gastavam em média R$ 100 por mês de luz. Nas nove últimas
contas, o valor total, olha só que maravilha: zero. E ainda sobrou
crédito pro mês seguinte. "Fica pra descontar na próxima conta ainda",
diz Cristina.
Concessionárias de energia elétrica de oito estados no Brasil tem
programas como esse. Em São Paulo, o desconto em troca de lixo
reciclável começou em 2013.
Pra participar do programa, o cliente na primeira visita já faz uma
carteirinha. O lixo reciclável é pesado. O valor do quilo depende do
material. O quilo da latinha de alumínio, por exemplo, custa R$ 1,96;
o da garrafa pet, R$ 0,21; o do papelão, R$ 0,13. Depois da pesagem,
os valores são somados e registrados numa maquininha, que manda os
dados diretamente pra distribuidora de energia.
A reciclagem já trouxe uma economia boa para os clientes da
distribuidora que fornece energia para cidades de São Paulo e do Rio
Grande do Sul.
"Nós temos um total até hoje de R$ 200 mil no estado de São Paulo já
de economia e, no Rio Grande do Sul, próximo a isso", diz o
vice-presidente de Sustentabilidade da AES Brasil, Paulo Camillo
Penna.
Toda semana, Sueli Aparecida Fazolin bate ponto num posto de coleta e
já reduziu em quase a metade o gasto com luz. "Por vários motivos,
vale a pena. Você reduz sua conta e colabora com o meio ambiente", diz
a dona de casa.
Fonte: Portal G1

Hidrelétricas podem ajudar a combater as mudanças climáticas

O Brasil é conhecido mundialmente por sua matriz elétrica limpa, na
qual predominam as hidrelétricas. Agora o país ganhou um forte
argumento na defesa da fonte hídrica: além de as usinas gerarem uma
energia limpa, confiável e barata, seus reservatórios, em alguns
casos, ajudam a reduzir os níveis de gases de efeito estufa (GEE) na
atmosfera.
Essas e outras conclusões são apresentadas no livro "Emissões de Gases
de Efeito Estufa em Reservatórios de Centrais Hidrelétricas" (baixe
aqui), que consolida os resultados do estudo Balanço de Carbono em
Reservatórios (Balcar), projeto de pesquisa e desenvolvimento
apresentado pela Eletrobras Eletronorte, em parceria com outras duas
empresas Eletrobras - Chesf e Furnas -, em resposta à chamada nº
009/2008 da Aneel, em 2009, e que teve suas atividades de campo
realizadas entre 2011 e o fim de 2013.
No projeto, foram pesquisadas oito usinas hidrelétricas em operação e
as áreas dos futuros reservatórios de outras três usinas, em diversos
biomas brasileiros. Os resultados mostram que Funil, na Região
Sudeste, e Xingó, na Região Nordeste, registraram taxas negativas de
emissão de gases, ou seja, seus reservatórios absorvem GEE da
atmosfera.
Coube ao Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Eletrobras Cepel) a
coordenação técnica do estudo, ficando sua execução a cargo de dez
renomadas instituições de pesquisa do país: Coppe/UFRJ, Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais, Universidade Federal de Juiz de Fora,
Universidade de São Paulo, Universidade Federal do Pará, Instituto
Internacional de Ecologia e Gerenciamento Ambiental, Universidade
Federal do Paraná, Universidade Federal Rural da Amazônia,
Universidade Federal Fluminense e Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, o que envolveu 108 pesquisadores, sendo 49 doutores e 31
mestres.
A pesquisa inovou ao utilizar o conceito de emissão líquida de gases.
A maioria das pesquisas do gênero se baseia apenas na emissão bruta,
ou seja, na medição da atual emissão nos reservatórios. Já o Projeto
Balcar mensurou também as emissões líquidas nos reservatórios. O
conceito consiste em subtrair as emissões ou remoções que já existiam
antes da construção do reservatório das emissões atuais, visando
conhecer o montante das emissões (ou remoções) que são efetivamente de
responsabilidade das hidrelétricas. Foram levantados três cenários,
usando recursos como fotos de satélite da época anterior à criação do
reservatório: "Floresta Neutra", ou seja, antes do reservatório o meio
ambiente naquela área não emitia gases de efeito estufa; "Floresta
Remoção", quando havia captura de carbono pelo meio ambiente; e
"Floresta Emissão", quando gases já eram emitidos sem intervenção
humana.
Sumidouros
Os resultados foram esclarecedores: nos três cenários o reservatório
da usina hidrelétrica Xingó, na Bacia do Rio São Francisco, absorve
0,56 gCO2e/kWh (gramas de dióxido de carbono equivalente a cada
quilowatt-hora de energia produzido na usina). O mesmo ocorre em
Funil, na Bacia do Rio Paraíba do Sul, com menor nível de emissão de
GEE atualmente do que antes da construção do reservatório. A taxa de
emissão de dióxido de carbono equivalente no local, descontando o que
o ecossistema já emitia antes do alagamento, fica negativa em 1,35
gCO2e/kWh. Os pesquisadores fizeram 44 levantamentos de campo em 11
aproveitamentos hidrelétricos no Brasil, oito em operação (UHEs
Balbina, Itaipu, Tucuruí, Serra da Mesa, Xingó, Três Marias, Funil e
Segredo) e três em construção (UHEs Santo Antonio, Belo Monte e
Batalha).
À exceção da usina Balbina, mesmo as hidrelétricas que emitem dióxido
de carbono o fazem numa proporção bem menor do que uma usina térmica
equivalente alimentada a gás natural (412 gCO2e/kWh) ou a carvão
mineral (900 gCO2e/kWh). Tucuruí, por exemplo, emite 34 gCO2e/kWh no
cenário "Floresta Neutra", 52,4 gCO2e/kWh no cenário "Floresta
Remoção" e 7,07 gCO2e/kWh no cenário "Floresta Emissão". Já Itaipu,
segunda maior hidrelétrica do mundo, emite 1,97 gCO2e/kWh em "Floresta
Neutra", 4,01 gCO2e/kWh em "Floresta Remoção" e é um sumidouro no
cenário "Floresta Emissão", absorvendo 1,02 gCO2e/kWh.
Fonte: Infoenergia - SP